Mangabeira propõe novo método
de ensino para institutos tecnológicos
Da Agência Brasil
Portal UOL Educação, 25/03/2009
Um projeto de qualificação, ampliação ao acesso e reestruturação na rede de escolas federais de ensino médio tecnológicas foi proposto nesta quarta-feira (25) a reitores das instituições pelo ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, da Presidência da República, Mangabeira Unger. A sugestão foi feita durante o segundo dia do encontro do Conselho de Dirigentes dos Ifets (Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia), em Brasília. Na reunião, o ministro apresentou aos integrantes da comissão a proposta de incluir no ensino das instituições tecnológicas um método de aprendizagem capacitador e analítico ao invés do tradicional que vem sendo usado. Segundo Mangabeira, o objetivo é proporcionar aos jovens estudantes maior preparo para o mercado de trabalho e, assim, oferecer um leque mais amplo de oportunidades para o emprego.
"O projeto começaria com uma nova escola média, com uma combinação do ensino geral, porém de orientação analítica e capacitadora, com o ensino técnico voltado para o domínio das capacitações práticas genéricas e flexíveis", explicou o ministro. Para a reitora do Instituto Federal Tecnológico de Santa Catarina e vice-presidente do conselho, Consuelo Sielski, as propostas para um novo modelo de ensino nas instituições são um incentivo à melhoria da qualidade da educação do país e vão proporcionar aos jovens um amplo espaço no mercado de trabalho. "O projeto é voltado para a rede de ensino médio para a profissionalização, é um incentivo ao empreendedorismo. Nós ficamos bem satisfeitos com a apresentação do projeto", disse a reitora. Segundo ela, esse foi o primeiro encontro com Mangabeira para discutir o modelo de desenvolvimento das escolas e a previsão para o início da sua implantação ainda está em discussão. "Estamos estudando as propostas", afirmou. O Brasil conta com 140 Instituições Federais Tecnológicas em todos as regiões do país. Outras 150 estão em fase de construção. A previsão do governo é abrir 60 mil matrículas nesses esbelecimentos de ensino, com um investimento de R$ 398 milhões até 2011.