Maioria vê
ensino técnico como porta de entrada para o mercado de trabalho
Segundo IBOPE, 90% da sociedade tem a opinião de que ensino profissional
facilita o início de carreira.
12/08/2014
Pesquisa do IBOPE, encomendada pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta que a sociedade brasileira tem
percepção de que a educação profissionalizante é uma excelente escolha para o
jovem. De acordo com o estudo, 90% dos entrevistados concordam que quem tem
ensino técnico encontra mais oportunidades no mercado de trabalho do que quem
não faz nenhum curso.
A percepção também é positiva com relação aos
salários: 82% afirmam que os profissionais com certificado de qualificação
profissional têm salários maiores do que os que não têm. O levantamento foi
feito com 2.002 pessoas acima de 16 anos em 143 municípios.
No entanto, segundo Censo da Educação 2013,
apenas 7,8% dos brasileiros optam pela educação profissional contra 76,8% dos
australianos, 69,7% entre os finlandeses e 51,5% dos alemães (dados do CEDEFOP -
European Centre for the Development of Vocational Training).
De acordo com Felipe Morgado, gerente
executivo de Educação Profissional e Tecnológica do SENAI Nacional, a educação
profissional facilita o ingresso dos jovens no mercado de trabalho. “O estudante
conquista uma profissão e, com isso, a oportunidade de custear mais facilmente
o ensino superior”, comenta Morgado.
Retratos da sociedade
brasileira: educação profissional
Números mostram que educação
profissional é bom caminho para carreira dos jovens brasileiros.
O gerente afirma, ainda, que segundo
levantamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), mais de
70% dos ex-alunos de cursos técnicos de nível médio conseguem emprego no
primeiro ano depois do curso. E, que um ano depois de obterem o diploma, os
trabalhadores de nível técnico conseguem aumentar sua renda em 24%. O estudo,
feito pela própria instituição entre 2010 e 2012, acompanhou metade das quase
40 mil pessoas que terminaram os cursos em 2010 com o objetivo de analisar os
impactos da educação profissional na sua empregabilidade.
Os objetivos primordiais da Olimpíada do
Conhecimento, maior torneio de educação profissional das Américas, para o
SENAI, segundo Felipe Morgado, são produtividade, oportunidade e qualidade. Ou
seja, preparar os estudantes de acordo com os padrões internacionais,
incentivar os jovens e dar oportunidades para escolher pela educação
profissionalizante além de aumentar a qualidade dos trabalhadores. “A Olimpíada
do Conhecimento é o momento de testar a qualidade do ensino técnico. O torneio
segue todos os padrões internacionais sendo um espelho da WordSkills,
competição internacional.”
Projeto Uma profissão, uma
escolha
Seguindo os objetivos traçados pelo SENAI, a
Olimpíada do Conhecimento 2014 terá, pela primeira vez, o projeto Uma
profissão, uma escolha. O projeto foi criado a fim de divulgar e incentivar a
opção de alunos do ensino fundamental pela educação profissionalizante.
Estudantes do oitavo e do
nono anos do ensino fundamental de 32 escolas públicas de Belo Horizonte
receberão, no dia 1º de setembro, a visita dos competidores da 8ª Olimpíada do
Conhecimento, que mostrarão as oportunidades oferecidas pelo ensino técnico e
as vantagens de seguir a carreira técnica.
Além de participar do debate sobre a educação
profissional, os alunos anfitriões deverão mostrar o resultado de uma pesquisa
sobre a cultura, a culinária, o clima e outros aspectos dos estados de origem
dos visitantes. E, também, farão uma apresentação sobre as características de
Minas Gerais e de Belo Horizonte.
Inspirado no One school, one
country, realizado pela olimpíada internacional de educação profissional, a
WorldSkills, o projeto Uma profissão, uma escolha pretende criar um intercâmbio
entre os jovens. Assim como acontece no torneio internacional, onde as
delegações vindas de mais de 50 nações visitam uma escola da cidade-sede e
apresentam aos estudantes as características de seus países. Em agosto de 2015,
São Paulo será a sede da competição mundial, que ocorre a cada dois anos em
diferentes países.
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