Literatura vai para as salas de alfabetização de jovens e adultos

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08/12/2006 16:46:06

Centenas de jovens e adultos que participam do programa Brasil Alfabetizado em todo o País terão a oportunidade, em 2007, de experimentar o gosto da literatura. Especialmente para eles, o Ministério da Educação lançou esta semana a coleção Literatura para Todos, composta de dez livros de sete gêneros literários.

As obras, selecionadas entre 2.100 inscritas em concurso nacional, pretendem iniciar jovens e adultos em processo de alfabetização ou recém- alfabetizados no mundo do teatro, poesia, crônica, novela, teatro, biografia, conto e da tradição oral. A coleção vai para as salas de alfabetização no início do próximo ano, e será papel do professor alfabetizador incentivar a leitura das obras, num sistema de rodízio, para que todos tenham acesso a cada um dos livros. A primeira edição será de 1,1 milhão de exemplares, 110 mil para cada obra.

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Cobras em compota (conto) − Introduz o leitor no mundo das travessuras infantis, onde convivem medo, pesadelo, visões religiosas, conversas imaginárias, fantasias e relações interpessoais. São histórias que nos parecem familiares, inspiradas nas memórias da autora Ana Cristina Araújo Ayer de Oliveira, de São Paulo.

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Entre as junturas dos ossos (poesia) − É uma viagem pela memória, onde estão presentes os cheiros, sabores, gemidos, falas, rangidos que, às vezes, parecem bicho, outras, uma pessoa ferida. Segundo a autora, Vera Lúcia de Oliveira, a obra é um convite para mergulhar no que há de mais íntimo e intrínseco em cada um.

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Família composta (peça de teatro) − O autor Domingos Pellegrini promove, de forma bem-humorada, uma reflexão sobre as mudanças rápidas da sociedade e como isso atinge a vida de cada um. Mistura de comédia de costumes com teatro de vanguarda, o texto leva o leitor a rir de suas próprias atitudes, se olhar de forma crítica e a repensar a vida.

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Léo, o pardo (biografia) − Nesta autobiografia, o escritor mineiro Rinaldo Santos Teixeira faz uma homenagem às pessoas que o ajudaram na sua trajetória de vida. São lembranças, idas, voltas, sucessos e frustrações, que aproximam o leitor dos esforços do autor para vencer profissionalmente; portanto, uma história que tem um pouco de cada um e de todos.

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Madalena (novela) − É a história de uma jovem sonhadora do interior baiano, que desafiou convenções e pagou um alto preço para viver do jeito que quis. A novela começa em 1935, atravessa várias fases da vida da protagonista, sob o olhar das pessoas mais importantes para ela, como o pai, a mãe, o irmão, o marido e o filho. A novela é da roteirista de televisão do Rio de Janeiro, Cristiane Dantas.

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Tubarão com faca nas costas (crônica) − Reúne textos baseados em vivências do autor e de seus amigos, mas o livro, que é uma das paixões do autor, é o tema mais freqüente. São histórias e travessuras com as quais jovens e adultos vão se identificar e se deliciar pelas surpresas. A obra do gaúcho Cezar Dias foi elogiada pelo escritor da Academia Brasileira de Letras Moacyr Scliar.

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Caravela (redescobrimentos) poesia − Texto claro, fácil de ler, mas densamente poético, a obra do mineiro Gabriel Bicalho proporciona prazerosas explorações sonora e visual. Os temas instigantes que remontam às viagens pelos mares do mundo prendem o leitor, que só vai parar no último verso.

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Batata cozida, mingau de cará (tradição oral) – Resultado da experiência com repertório oral da autora catarinense Eloí Elizabete Bocheco, Batata Cozida aborda temas do folclore nacional que estão nos mitos, causos, provérbios, quadrinhas, cantos de trabalho, brincadeiras de roda.

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Cabelos molhados (conto) − Histórias curtas, intensas, intrigantes, de gente comum, que poderiam acontecer em qualquer lugar e com qualquer pessoa. A leitura proporciona uma viagem pelos mundos do humor, drama, suspense, aventura e ação. Os contos deste livro são de Luís Pimentel, baiano de Feira de Santana.

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Abraão e as frutas (poesia) − Narra a experiência do personagem Abraão com 13 frutas e a paixão e o prazer com que se delicia com cada uma delas. A poesia feita com o material da mesa brasileira instiga a exploração do gosto, textura e cheiro de goiaba, caju, laranja, melancia. A obra é de Luciana de Mendonça, do Rio de Janeiro, que começou escrever versos aos nove anos de idade.

Ionice Lorenzoni