Jovens e adultos: recursos de R$ 2,8 bi
“A educação de jovens e adultos tem hoje o mesmo peso que as demais modalidades na política de ensino”, disse ontem o ministro Fernando Haddad na abertura do encontro preparatório da 6ª Conferência Internacional de Educação de Adultos (Confintea), que se realizará no próximo ano. De acordo com Haddad, a educação de jovens e adultos terá R$ 2,8 bilhões do total de investimentos, este ano, do Fundo da Educação Básica (Fundeb), valor que deve ser aumentado em 2009.
Para o ministro, a política pública de educação deve ser articulada de forma sistêmica para que se dê a mesma atenção à pré-escola e à pós- graduação. “Garantir o direito à educação também aos brasileiros que não concluíram o ensino básico na idade apropriada tem um impacto positivo para toda a sociedade”, explicou.
Haddad destacou que as universidades estão cada vez mais comprometidas com a formação de professores e alfabetizadores e com pesquisa e extensão. “Tenho hoje a convicção de que o Brasil conseguirá, até 2015, reduzir a taxa de analfabetismo pelo menos à metade”, afirmou.
As ações do governo federal que aliam ensino à profissionalização constituem-se, segundo o ministro, na melhor alternativa para os adultos na educação básica. Dentre as iniciativas citadas por ele estão o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja), o Brasil Profissionalizado e o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem).
Para o secretário de Educação Continuada , Alfabetização e Diversidade, André Lázaro, a educação de jovens e adultos finalmente foi assumida como uma política pública de estado. Agora, as redes de ensino têm condições de estruturá-la com mais qualidade. O representante no Brasil da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Vincent Defourny, salientou que no Brasil ainda há muito a fazer, mas o caminho tomado é o correto. “Educar não é só alfabetizar. O indivíduo deve desenvolver todas as competências”, disse.
O Brasil será o primeiro país do Hemisfério Sul a sediar a Confintea, organizada pela Unesco. Na conferência, serão traçadas as metas internacionais da educação de jovens e adultos para os próximos 12 anos. O MEC organizou 32 encontros encontros preparatórios em todas as regiões do país para obter um diagnóstico aprofundado e apontar os desafios.
No encerramento do encontro nacional, nesta sexta-feira, 30, em Brasília, as delegações aprovarão um documento final que marcará a posição do Brasil na conferência do ano que vem.
Assessoria de Imprensa da Secad
Palavras-chave: mec, notícias, jonalismo, matérias
Fonte: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10615&catid=204