RAFAEL PERUZZO JARDIM. A TRAVESSIA DO LEITOR: LEITURA E MEMÓRIA NAS VOZES DE ALUNAS ADULTAS. 01/03/2002

 1v. 124p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - EDUCAÇÃO

 Orientador(es): REGINA MARIA VARINI MUTTI

 Biblioteca Depositaria: BIBLIOTECA SETORIAL DE EDUCAÇÃO

 

Email do autor:

 rafaelperuzzo@terra.com.br

 

 Palavras - chave:

 LEITURA ALUNOS ADULTOS

 

 

Área(s) do conhecimento: EDUCAÇÃO

 

Banca examinadora: 

 ANA ZANDWAIS

 

 

Linha(s) de pesquisa:

 EIXO TEMÁTICO 1: CONHECIMENTO, SUBJETIVIDADE E PRÁTICAS EDUCACIONAIS  X

 

 

Agência(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertação: CNPq

 

 

Dependência administrativa

  Federal

 

Resumo tese/dissertação:

Este trabalho trata da formação do leitor adulto. A partir de uma Oficina de Leitura, os alunos sistematizaram suas leituras através da escrita de um memorial. Após a oficina, realizei entrevistas com as alunas. O recorte para análise foi feito a partir dos memoriais e entrevistas de duas alunas. O referencial teórico-metodológico adotado na prática pedagógica é a Pedagogia de Projetos, em interface com a Análise de Discurso. Com relação ao referencial teórico, realizo uma pesquisa sobre a leitura, considerando basicamente duas vozes: a voz dos escritores e a voz da academia. O conceito de letramento é utilizado para discutir a prática social da leitura. Fundamento meu trabalho numa visão discursiva de leitura, elaborada desde Michel Pêcheux. Entendo a leitura como um acontecimento, que desloca e desregula a memória discursiva. A análise é feita com dois objetivos: evidenciar relações entre a história de vida e a história de leitura; mostrar os efeitos de sentido em suas relações com diversos pré-construídos do sujeito-leitor adulto. O intradiscurso é composto pelos memoriais e entrevistas de duas alunas. Na análise feita, o interdiscurso é constituído por formações discursivas religiosa, trabalhadora e familiar, que marcaram a posição de sujeito aluna adulta. Em função disso, apresento uma Formação Discursiva Aluna Adulta heterogênea. Nesta, situo o sujeito adulto analisado, tendo em-- vista propiciar subsídios ao ensino de leitura. Defendo que as alunas não se consideram excluídas socialmente, ficando o lugar de exclusão restrito à escola e às práticas leitoras. Também observo que as condições para a ampliação das práticas de leitura, e conseqüentemente das condições de letramento desse sujeito, não estão dadas nos seus contextos sociais, cabendo à Educação de Jovens e Adultos promovê-la de modo condizente.