Investimentos ampliam acesso à Escola Técnica de Brasília
15/04/2008 17:28:55
O Ministério da Educação está investindo R$ 2,8 milhões na unidade de Planaltina da Escola Técnica Federal (ETF) de Brasília, de forma a ampliar a oferta de educação pública de qualidade. Do total, R$ 2,5 milhões são para a reforma na infra-estrutura física, R$ 200 mil em estrutura de telecomunicações e tecnologia da informação e R$ 160 mil na aquisição de uniformes.
A escola de Planaltina, criada em 1958, foi transferida para o governo do Distrito Federal, em 1978. Em dezembro de 2007, passou a compor a rede federal de educação profissional e tecnológica. Antes de sua federalização, a unidade tinha pouco mais de 300 alunos. Com a nova gestão, em apenas quatro meses, duplicou o número de discentes, atingindo 654.
A unidade de Planaltina integra o plano de expansão da rede, que prevê a criação de 214 escolas técnicas no país. No Distrito Federal, o MEC criará, até 2010, unidades de ensino em Samambaia, Taguatinga, Gama e Plano Piloto, num investimento total de R$ 30 milhões.
Na posse de 27 docentes e 24 técnicos administrativos, realizada nesta terça-feira, 15, na sede do Conselho Nacional de Educação, a professora de artes cênicas Ana Carolina Mendes estava animada. “Espero ver realizada a integração entre as tecnologias, as ciências, as artes e a filosofia”, disse. Graduada em dança pela Universidade Federal da Bahia, ela tem mestrado em arte contemporânea pela Universidade de Brasilia (UnB).
Também esperançosa estava Dárika Ribeiro Fernandes, recém-formada em nutrição pela UnB e primeira profissional da área na ETF de Brasília. “Terei muito o que fazer. É preciso elaborar cardápios, treinar funcionários em questões sanitárias e de higiene e também verificar materiais e utensílios existentes”, declarou.
Expansão e qualidade – O secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Eliezer Pacheco, lembrou que o governo brasileiro criou mais de 21 mil postos de trabalho para suprir a demanda de pessoal com a ampliação do número de escolas da rede. Ele lembrou que a expansão deve estar acompanhada da qualificação e citou o programa Brasil Profissionalizado, que destinará R$ 900 milhões para que as escolas públicas federais e estaduais estruturem o ensino médio e articulem as unidades de ensino aos arranjos produtivos locais.
Além de melhorar a qualidade da educação básica, o Brasil Profissionalizado vai fomentar a expansão de matrículas no ensino médio integrado e incentivar o retorno de jovens e adultos à escola. Também deve aproximar a educação formal do ambiente de trabalho nos períodos de estágio.
Os novos servidores da ETF de Brasília, aprovados no primeiro concurso da unidade, foram estimulados pelo diretor do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Goiás Paulo César Pereira a ingressar com orgulho na nova carreira. “Os novos professores e técnicos têm que iniciar a carreira com vontade de prestar bons serviços à população”, afirma.
Desempenho – O coordenador-geral de Supervisão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, Gleisson Cardoso Rubin, também presente à cerimônia de posse, disse que “a rede federal de escolas de formação de trabalhadores é uma referência junto à sociedade brasileira“. Ele citou como exemplos o desempenho de algumas delas, como o Cefet de Goiás e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, nas últimas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O diretor da ETF de Brasília Francisco Moreira lembrou que a educação profissional cria o vínculo da escola com o mundo do trabalho e com o da produção, estabelece contato entre o conhecimento abstrato e da formação geral com a formação específica, com os ofícios, com as habilidades e competências que vão ajudar o jovem a se inserir no mundo do trabalho com muito mais dignidade.
As aulas da ETF de Brasília começaram no dia 5 de março, com 654 alunos e três cursos técnicos de nível médio: agropecuária, agroindústria e turismo.
Rodrigo Farhat
Fonte:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=10326