Investimento eleva o índice de trabalhadores com
mais estudo
23 de
fevereiro de 2012
Trabalhadores com 11 ou mais anos
de estudos representam hoje 60,7% da população ocupada no país. Em 2002, eram
44,7%, segundo dados do Ministério da Fazenda. Essa evolução explica o atual
incremento da produtividade brasileira, que resulta em melhores salários e em
lucratividade dos negócios.
No ensino profissionalizante, o número de vagas naquele mesmo ano era de 565
mil. Em 2011, chegou a 924 mil, de acordo com o Censo da Educação Básica de
2010. Ao se considerar as matrículas no ensino médio integrado — 1,1 milhão, o
índice é 74,9% superior ao de 2002. O orçamento para a educação profissional no
país passou de R$ 1,2 bilhão em 2003 para pouco mais de R$ 9 bilhões este ano.
Os índices e números são consequência da política de investimento no ensino
fundamental e médio no país e em outras iniciativas destinadas a garantir renda
e a manter as crianças na escola. Desde 2007, o Plano de Desenvolvimento da
Educação (PDE) articula as ações desenvolvidas em todos o
país para dar melhor formação aos jovens.
Contribuiu para o aumento significativo na oferta de vagas a criação dos
institutos federais de educação, ciência e tecnologia. A Rede Federal de
Educação Profissional, Científica e Tecnológica passou de 140 unidades em 2002
para 354 em 2010. Até 2014, haverá 562 em funcionamento. As redes estaduais de ensino
técnico e profissional também foram fortalecidas.
Surpresa — Para a diretora de currículos e educação integral da
Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, Jaqueline Moll, essa evolução faz parte do processo de criação de uma
sociedade que tem a maioria da população na classe média. O que hoje aparece
como aumento do consumo, na próxima geração será uma mudança estrutural na
sociedade brasileira. “Teremos uma bela surpresa porque esses jovens passam a
ter acesso a experiências que seus pais nunca tiveram”, afirma.
Além dos números de investimentos e ampliação de vagas, Jaqueline destaca a
elevação da qualidade dos currículos e o melhor domínio da linguagem e da
matemática. Cita também as atividades extracurriculares de cultura, esporte e
artes. Ela vê mudança na velha cultura dos pais mais pobres, que ficavam
satisfeitos quando os filhos aprendiam a ler, escrever e contar, o que seria
suficiente para o mundo do trabalho. Agora, crianças que antes nem terminavam o
ensino fundamental, chegam ao ensino médio, estão habituadas com a escola e a
valorizam. “A diferença é que a estrutura educacional não se configura como uma
pirâmide com poucos no topo; está se tornando um prédio, retangular.”
Assessoria de Comunicação Social; Secretaria de Comunicação Social do
Governo Federal; Em Questão
Palavras-chave: educação profissional, produtividade