Integração com empresas impulsiona educação tecnológica

03/11/2006 18:28

A política de educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação deve beneficiar mais de cinco milhões de pessoas nos próximos dez anos, afirma a diretora do Departamento de Políticas e Articulações Institucionais da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), Jaqueline Moll. Para tornar essa meta real, diz, será intensificada a integração entre o ensino médio e a educação técnica e profissional na rede do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc e Senac, Senat e Senar). A ampliação desta integração foi defendida nesta sexta-feira, 3, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.

O acordo de cooperação entre o MEC e o Sistema S faz parte do Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja), criado em junho de 2005. Em 2006, os projetos-pilotos do programa receberam mais 16 mil matrículas, incluindo as parcerias com os sistemas estaduais de educação.

Com a concretização e expansão do Proeja em 2007, pretende-se oferecer alternativas gratuitas de qualificação profissional e social aos jovens e adultos de baixa renda.

Parcerias – As parcerias do MEC com a iniciativa privada e com o Sistema S têm proporcionado novas alternativas para a rede de educação profissional e tecnológica do País.  Apenas em 2006, o MEC firmou 245 convênios que possibilitarão a realização de ações práticas dentro das instituições federais de educação tecnológica e dos programas desenvolvidos pelo ministério.

O Programa Escola de Fábrica, por exemplo, promove a inclusão de jovens de baixa renda no mercado de trabalho por meio de cursos de iniciação profissional. Os cursos são realizados no próprio ambiente das empresas. A meta é certificar 40 mil jovens, de 16 a 24 anos, até o fim deste ano.

Já o Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep) cria bases para a implantação da reforma da educação profissional. A reforma trata de aspectos técnico-pedagógicos, como flexibilização curricular, gestão escolar autônoma, flexibilidade, captação de recursos e parcerias, garantindo a expansão da rede de educação profissional.

Cíntia Caldas