Institutos mudam
educação tecnológica
13/09/2007 12:31
Florianópolis — A reorganização da Rede
Federal de Educação Profissional e Tecnológica, com a expansão das escolas
técnicas e a criação dos institutos federais de educação ciência e tecnologia
(Ifets), foi o tema central da abertura e do primeiro dia de debates da 31ª
Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Tecnológica
(Reditec). Iniciado na quarta-feira, 12, o encontro, que reúne os dirigentes
das instituições federais de educação tecnológica, estende-se até sábado, 14,
em Florianópolis.
Nos próximos dias, o Ministério da Educação lançará edital relativo aos
institutos federais. A partir de então, as instituições federais de ensino
profissionalizante poderão se inscrever para fazer parte do novo modelo. Os
institutos federais serão
estabelecimentos especializados na oferta de ensino profissionalizante e
tecnológico nas diferentes modalidades de ensino, desde a educação de jovens e
adultos até o doutorado. Os cursos estarão sintonizados com as realidades
regionais. Outra característica será a prioridade para os cursos de
licenciatura e para a formação de professores nas áreas de física,
química, matemática e biologia. Os institutos federais integram o Plano de
Desenvolvimento da Educação (PDE).
“Os Ifets estão comprometidos com o projeto de sociedade em curso no País”,
disse o secretário de educação profissional e tecnológica, Eliezer Pacheco, na
conferência de abertura. “Não se trata de algo estranho e à margem do
desenvolvimento da institucionalidade da rede federal, mas um salto qualitativo
em uma caminhada singular, prestes a completar cem anos.”
A solenidade de abertura da Reditec contou com uma homenagem a
personalidades que realizaram e realizam trabalhos relevantes na educação
profissional e tecnológica do País. Também foi lançado o livro Do Discurso à
Ação: uma Experiência de Gestão Participativa na Educação Pública. A obra
apresenta relatos de Jesué da Silva, Nilva Schroeder e Silvana Ferreira,
ex-diretores da Unidade de Ensino de São José, Santa Catarina.
A diretora do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Santa
Catarina, Consuelo Sielski Santos, organizadora do encontro, ressaltou a
importância do intercâmbio de experiências entre os diretores da rede. Para
ela, a educação profissional e tecnológica é a via possível para a plena
inclusão social. Santa Catarina, que tinha oito escolas técnicas, chegará a
2010 com 19 unidades de ensino.
Felipe De Angelis