Inscrições
para o Enem 2013 começam na segunda-feira, diz MEC
Provas
serão nos dias 26 e 27 de outubro, afirmou Aloizio Mercadante.
Ministro
diz que espera até 6,1 milhões de inscrições nesta edição.
08/05/2013
As
inscrições para a edição de 2013 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão
abertas na segunda-feira (13), afirmou nesta quarta-feira (8) o ministro da
Educação, Aloizio Mercadante. Segundo a pasta, o edital com todas as normas da
prova deve ser publicado na edição de quinta-feira (9) do "Diário Oficial
da União".
Segundo
Mercadante, as provas serão realizadas nos dias 26 e 27 de outubro. Os portões
serão abertos às 12h (horário de Brasília). O ministério espera receber até 6,1
milhões de inscrições, e o ministro fez um apelo para que só se inscrevam
candidatos que efetivamente pretendam fazer a prova. Segundo ele, em 2012, 1,5
milhão de inscritos no exame deixaram de comparecer.
O
ministro afirmou que o período para se inscrever vai dos dias 13 e 27 de maio, e os candidatos terão até o dia 29 de maio para pagarem a
taxa de inscrição, que foi mantida no valor de R$ 35. Estudantes de escolas públicas
ou que sejam de famílias com renda per capita de até um salário-mínimo e meio
não precisam pagar a taxa.
Neste
ano, a logística do exame deve envolver 1.632 municípios brasileiros. O MEC
estima que será necessária a impressão de 13,5 milhões
de provas para os candidatos.
No
ato da inscrição, os candidatos deverão informar suas necessidades especiais,
como provas com letra em tamanho maior, locais de prova com acesso a
deficientes, salas especiais para lactantes e provas após o por-do-sol
para estudantes sabatistas.
Após
o processo de inscrição, o MEC vai divulgar um número de telefone para que os
candidatos entrem em contato com a equipe que organiza o Enem para informar sobre mudanças em suas
necessidades. O ministro citou como exemplos mães que derem à luz antes do
previsto ou estudantes que, por algum motivo, necessitem de auxílio especial no
dia da prova.
'Maior rigor com a
redação'
As
regras de correção do Enem serão semelhantes às da edição de 2012. Porém,
segundo Mercadante, "a grande mudança vai ser no maior rigor com a
redação". Para dar conta das novas exigências, que incluem anular redações com deboche, reduzir a discrepância entre as
notas dos corretores e exigir justificativa para redações nota 1.000 com erros,
algumas medidas foram tomadas.
Para
coibir tentativas de deboche na prova, um item será acrescentado no artigo do
edital que fala sobre as razões para que uma redação receba nota zero do MEC. O
item 14.9.5 do edital que deve ser publicado na quinta-feira afirma que a
redação "que apresente parte do trecho deliberadamente desconectada com o
tema proposto, que será considerada 'anulada'".
A
nova regra já estava em debate pela comissão que elabora o edital do Enem,
depois que candidatos que no último Enem inseriram receita do miojo e o hino do Palmeiras no texto ganharam notas 560 e
500, respectivamente. Esse tipo de teste ao Enem, agora, será punido com a nota
zero.
Além
disso, uma das cinco competências exigidas pela redação será mais rígida:
trata-se da primeira competência, que fala sobre o "domínio da norma
padrão da língua escrita". A partir deste ano, para tirar a nota máxima
nesta competência, a redação só poderá ter erros de português considerados como
uma "excepcionalidade" e quando "não caracterizem
reincidência". O objetivo é evitar que redações com poucos desvios
gramaticais ou convenções de escrita recebam a nota máxima na prova.
A
partir deste ano, caso queira dar nota 1.000 para uma redação que contenha
algum desvio, o ministro afirmou que "a banca tem que justificar que
aquele desvio é excepcional para justificar uma nota máxima".
Terceiro corretor
Todas
as redações do Enem são corrigidas por pelo menos duas pessoas. A necessidade
de um terceiro corretor para reavaliar provas com notas discrepantes deve
aumentar neste ano. Segundo o MEC, agora, todas vezes
que as duas notas tiverem uma diferença de mais de 100 pontos, um terceiro
avaliador corrigirá a prova para que se chegue à nota final. No ano passado,
essa tolerância era de 200 pontos.
Se
a nota em um das cinco competências (que vai de 0 a 200) tiver discrepância de
80 pontos, a redação também vai para o terceiro corretor.
Por
causa da mudança, Mercadante afirmou que estima um aumento no número de
redações que passem pela terceira correção. Em 2012, 21% das provas estiveram
nessa situação. Agora, ele afirma que essa porcentagem chegue a um terço.
Para
garantir uma correção mais rigorosa, Mercadante anunciou um aumento no número
de corretores, além do aumento no valor pago por redação, que subiu de R$ 2,35
para R$ 3. Em 2012, foram contratados 5.692 corretores, 234 supervisores de
avaliação, 468 auxiliares e dez subcoordenadores pedagógicos para o processo de
avaliar as redações, mas mais de 300 deles foram afastados por não cumprirem os
requisitos de qualidade.
Sobre o Enem
O
exame do MEC é realizado uma vez por ano e tem cinco provas: quatro com
questões de múltipla escolha e uma redação. Sua nota pode ser usada para
processos seletivos centralizados pelo próprio ministério ou em vestibulares de
instituições públicas e particulares que usam a pontuação do Enem parcial ou
integralmente para selecionar seus calouros.
O
Enem 2013 é obrigatório para estudantes interessados em disputar vagas em mais
de 100 instituições federais e estaduais de ensino superior participantes do
Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Além disso,
devem se inscrever para a prova vestibulandos que pretendem cursar a faculdade
em uma instituição particular com bolsa de estudos parcial ou integral do
Programa Universidade para Todos (Prouni).
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