Inep
estuda colocar matemática e redação em dias diferentes do Enem
25/10/2011
Órgão vai analisar formas para deixar exame menos
cansativo. Duas edições em 2012 podem reduzir índice de abstenção, segundo
órgão
Do G1, em São Paulo O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) afirmou que vai avaliar a queixa de muitos candidatos
do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que consideraram o segundo dia de
provas, com linguagens, matemática e redação, muito cansativo.
A prova foi realizada no domingo (23) teve até 5h30 de duração. No sábado (22),
a prova reuniu conteúdos de ciências humanas e ciências da natureza. O órgão
também pode dar mais espaço no caderno de provas para o candidato fazer contas
e anotações. No entanto, o Enem continuará tendo 180 questões distribuídas em
quatro áreas de conhecimento (ciências humanas, ciências da natureza,
matemática e linguagens e códigos). A próxima edição do exame será nos dias 28
e 29 de abril de 2012. "Aprimorar o Enem é meta do Inep
e essas questões estão sendo analisadas. Essa questão do segundo dia de prova
ficar muito exaustivo está sendo avaliado por especialistas, porém a redução de
questões não é compatível com a avaliação pela Teoria de Resposta ao Item
(TRI), que permite avaliar melhor o que o participante assimilou durante os
anos de ensino e exige um maior número de questões", afirmou o Inep, em nota enviada ao G1.
O Inep considerou "positiva"
toda a organização do Enem, realizado neste sábado (22) e domingo (23). Em nota
enviada pela assessoria de imprensa da autarquia ligada ao Ministério da
Educação, o Inep afirma acreditar que a partir de
2012, com duas edições anuais, o número de candidatos inscritos que faltam às
provas caia gradativamente. Este ano, o Enem registrou uma média de abstenção
de 26,4%, ou seja, foram mais de 1,4 milhão de
candidatos inscritos que não apareceram. Com um custo de R$ 45 por
candidato, isto representa um investimento de R$ 63 milhões desperdiçado.
Ao todo, o Enem teve 5,3 milhões de candidatos inscritos .
O MEC tem a intenção de tornar o Enem obrigatório para todos os alunos que
estão terminando o ensino médio. O projeto está sendo analisado pela Comissão
de Educação da Câmara dos Deputados. O cuso do lápis
e borracha também ficará proibido pois compromete a
segurança do exame, na avaliação do órgão. O Inep
pode ainda colocar no edital do próximo Enem regras mais claras sobre a
alimentação e hidratação dos candidatos durante a prova. O edital atual não
mencionava de maneira objetiva se o estudante podia ou não comer durante o
exame, apenas que o candidato só poderia usar caneta preta durante a prova, os
demais objetos deveriam ficar em um saco transparente lacrado debaixo de sua
cadeira.
Portal G1