Indústria, trabalho e arrecadação batem recordes no Rio de Janeiro

14/01/2011

 

O crescimento da produção industrial, o recorde histórico de geração de empregos e o aumento da arrecadação de impostos no Rio de Janeiro são alguns dos sinais da retomada da economia fluminense, que teve início em 2007, com a união das esferas de governo. Depois de se recuperar dos anos de esvaziamento político e econômico, o Estado tem garantido a atração de novos investimentos com a melhora no ambiente de negócios, o combate à violência e a realização de eventos como os Jogos Olímpicos de 2016 e da Copa do Mundo de 2014.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria do Rio cresceu 5,5% em novembro, ficando acima da média nacional, que recuou 0,1% no mesmo mês. A alta acumulada de janeiro a novembro ficou em 8,8%. A produção da indústria de transformação, um dos setores que receberão os principais empreendimentos previstos pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, somou 12,7%.

- Estamos investindo mais em infraestrutura e melhorando o ambiente de negócios, reduzindo a burocracia e criando políticas tributárias horizontais, que já estão dando resultados. Para os próximos anos, os investimentos previstos somam cerca de R$ 150 bilhões, sendo a maior parte da iniciativa privada. Nosso maior desafio agora é desenvolver a indústria de transformação, que é grande geradora de empregos, renda e tributos para o estado. Em um corte mais recente, nos últimos 12 meses, já estamos positivos e acima da média nacional - destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno.

Outro fator que contribuiu para a "volta por cima" do Rio de Janeiro foi o aumento da arrecadação de impostos. No ano passado, o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cresceu 18,8%, totalizando R$ 22,134 bilhões e superando estados como São Paulo. Segundo o secretário de Fazenda, Renato Villela, o forte trabalho de fiscalização e a melhoria na qualidade da arrecadação são os grandes responsáveis pelo avanço.

- Os esforços de dinamização da fiscalização tende a se intensificar, valendo sublinhar que, só em 2010, foram feitas 1.200 ações. A Substituição Tributária, ferramenta de tributação moderna que simplifica o recolhimento do tributo em cadeias com vários elos de produção, também teve resultados expressivos. O maior benefício da conjugação de ações foi não precisarmos aumentar qualquer alíquota no Estado do Rio nos últimos quatro anos. E essas práticas serão contínuas para seguirmos a mesma linha no governo que está iniciando - ressaltou Villela.

 

O desenvolvimento da produção industrial e o crescimento da arrecadação do principal tributo estadual asseguram mais investimentos e, com isso, mais emprego. O Observatório de Emprego e Renda, da Secretaria de Trabalho e Renda, registrou o saldo histórico de geração de empregos para novembro. Foram criados 31.965 novos postos de trabalho formais, melhor índice desde 1995 e, em doze meses, 200.783 empregos com carteira assinada.

Nos próximos anos, a expectativa da pasta é superar esses números, com a cidade servindo de palco para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Os mega-eventos prometem ser importantes geradores de oportunidades no mercado de trabalho. Para isso, a Secretaria de Turismo pretende investir em qualificação profissional e preparar uma mão de obra apta a atender turistas brasileiros e estrangeiros. O setor da hotelaria receberá atenção especial.

- Na rede hoteleira, há uma grande carência de profissionais como arrumadeira, barman, garçom, atendente e copeiro. Com a formação correta, todos que fizerem os cursos já saem para o mercado. O Sindicato dos Hotéis aproveita nossas turmas. Junto ao governo federal e o Ministério do Turismo, vamos tentar conseguir mais recursos para colocar, a cada ano, pelo menos mais 50 mil educandos para o Turismo no Rio - afirmou o secretário Ronald Ázaro

 

Atividades vocacionais serão o foco da qualfiicação profissional

 

Mudar a estratégia de qualificação profissional dos trabalhadores fluminenses, direcionando-a para o atendimento de qualidade às atividades econômicas vocacionais do Estado do Rio, é a principal proposta do novo secretário de Trabalho e Renda, Brizola Neto, que assumiu a pasta no segundo mandato do governador Sérgio Cabral, em lugar de Ronald Ázaro, transferido para a Secretaria de Turismo. O deputado federal Carlos Daudt Brizola Neto, 32 anos, chega à Secretaria cheio de energia para dinamizar o setor, através do fortalecimento de parcerias com o governo federal e com a iniciativa privada.

Segundo Brizola Neto, depois de anos de estagnação e esvaziamento político e econômico, o Estado do Rio vem atraindo novos investimentos graças às facilidades e melhora no ambiente de negócios, à política de segurança de pacificação de comunidades dominadas pelo crime organizado e à realização de megaeventos, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. O plano do secretário é atender a demanda de novos postos de trabalho, que serão gerados em grande quantidade por essas atividades no estado, com a qualificação adequada da mão de obra.

- Muitas vezes, o que a gente encontra são programas federais que atuam no Rio de Janeiro, mas não têm sintonia com as vocações do nosso estado. Programas nacionais que se revelam muito eficazes em áreas como o sertão nordestino e o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, mas que não se adaptam com a mesma qualidade aqui. É isso que estamos buscando fazer: transformar esses programas que, às vezes, beiram a assistência social em programas de qualificação efetiva que estejam de acordo com as vocações do Rio de Janeiro e auxiliem o grande processo de desenvolvimento econômico do estado - delineou Brizola Neto.

Com menos de 20 dias à frente da pasta, o secretário já definiu as linhas de atuação para atender as três principais vocações econômicas do estado em expansão: turismo, petróleo e gás e serviços. Para Brizola Neto, o turismo é um setor sempre forte da economia fluminense, mas, que será, cada vez mais, potencializado, nos próximos anos, pelos grandes eventos esportivos previstos e pelo combate à violência.

- Não podemos restringir a preparação de mão de obra à rede hoteleira, bares e restaurantes, mas preparar trabalhadores que, de uma maneira ou de outra, vão estar ligados aos serviços prestados para os turistas que virão em grande número até 2016 - apontou.

O setor de petróleo e gás é outra forte atividade econômica do Estado do Rio, talvez a maior, no momento, de longa duração e em crescente nível de produção. Portanto, segundo Brizola Neto, esta área também será um dos principais focos de qualificação promovida pela Secretaria de Trabalho e Renda, em parceria, principalmente, com a Petrobras.

- Esta é a área que será o grande impulsionador do crescimento econômico do Estado do Rio. Vamos fazer uma parceria com quem vai tocar esses projetos, que é a Petrobras, para trazer para a Secretaria de Trabalho e Renda o maior programa de qualificação profissional na área de petróleo e gás, que é o Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural). Já iniciamos os contatos com a empresa - afirmou.

Por fim, uma parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia no setor de serviços. Nos planos do secretário, jovens serão preparados em programação de softwares, cuja demanda é crescente no Estado do Rio.

- Setores que empregam profissionais com esta capacitação, como o telefônico, confirmam essa grande demanda. Pretendemos iniciar o projeto pelo Complexo do Alemão, cujo simbolismo hoje é muito especial, para qualificar em tecnologia da informação aqueles jovens, a quem o Estado por muitos anos não deu uma oportunidade de desenvolvimento - completou Brizola Neto.

O secretário disse que também está implantando no estado um programa de qualificação de mão de obra do Ministério do Trabalho, o ProJovem Trabalhador, que deverá preparar em 2011 cerca de 12 mil jovens para o mercado de trabalho. Brizola Neto calcula a qualificação da mesma quantidade de candidatos a vagas de emprego no setor turístico e de mais seis mil pessoas no programa em parceria com o Ministério de Ciência e Tecnologia.

- Com esses programas e outras iniciativas, calculo que qualificaremos de 40 mil a 50 mil jovens este ano. Emprego não vai faltar, porque o Brasil, como já disse, vive um momento especial de crescimento. Não tinha presenciado ainda na minha vida um quadro como este, em que a taxa de desemprego entre os jovens no Brasil está na faixa de 6%, enquanto na Europa passa dos 20% e nos Estados Unidos está perto dos 12%. E o Rio de Janeiro talvez seja o estado que tenha as maiores possibilidades de crescimento dentro deste contexto - apostou o secretário.

 

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