II
Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica
30/05/2012
CUT
reforça luta em defesa do Proeja e do Proeja-FIC e
pela mudança do papel dos Institutos Federais de Educação
Em
reunião realizada durante o II Fórum Mundial de Educação Profissional e
Tecnológica, que acontece no Centro de Convenções CentroSul, em Florianópolis (SC), a CUT reforçou seu
apoio à luta de alguns municípios paulistas (Campinas, Francisco Morato, Itapevi, Mauá, Osasco,
São Bernardo do Campo, Várzea Paulista) em defesa da expansão do Proeja
(Programa de Educação de Jovens e Adultos) e Proeja-FIC
(Formação Inicial e Continuada) e pela mudança do papel dos Institutos Federais
de Educação na política de acesso dos trabalhadores à educação.
Representando
a Central, o secretário geral, Quintino Severo, lembrou que com o grande
acúmulo e propostas no campo da educação profissional a CUT pode contribuir com
os municípios, sensibilizando o Ministério da Educação a mudar a lógica
excludente constituída na educação profissional.
“Devemos
atuar em algumas frentes, envolvendo a sociedade, atores sociais e
trabalhadores, pressionando os entes do MEC responsáveis pela organização dos
programas de governo. Esta atuação deve ser embasada na construção de um
documento orientador, organizando um seminário pedagógico ou ciclo de debates,
buscando audiências com as Secretarias do Ministério", relata.
Os
municípios já formularam uma carta capitaneada pela CUT e pelo IIEP
(Intercâmbio, Informações, Estudos e Pesquisas), na qual defendem as concepções
e princípios do Proeja e Proeja-FIC,mpropondo sua expansão para que
esses programas sejam a base de uma política ampla de acesso a educação para os
57,7 milhões de pessoas no Brasil com mais de 18 anos que não possuem ensino
fundamental completo e não frequentam a escola.
Os
cursos realizados pelos municípios citados acima, pioneiros nesta concepção,
não tem validade no sistema educacional. Assim, embora o educando se dedique a
sua formação, ao final do curso recebe apenas um papel comprovando que está
apto para exercer determinada ocupação, sem qualquer perspectiva de
continuidade nos estudos.
Não
há um mecanismo que possibilite a validação dos conhecimentos e saberes dos
alunos que são adultos trabalhadores e suas experiências.
A
Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica tem capacidade para atender
apenas uma quantidade de alunos como experimentação pedagógica, mas sua
estrutura física, recursos e o pessoal existente não conseguem suprir as
necessidades das cidades onde os institutos estão instalados. Neste sentido, é
preciso pensar como o Instituto Federal, na tentativa de atender essa demanda
da sociedade, pode multiplicar a qualidade e os critérios que orientam os seus
cursos nos programa realizados nos municípios.
Uma
possibilidade seria a mudança radical no papel do Instituto Federal, que
passaria a cumprir sua função de organismo orientador na formulação dos
programas nos municípios, acompanhando e supervisionando os cursos, formando os
professores da rede municipal.
Escrito por: William
Pedreira
Fonte:
http://www.cut.org.br/acontece/22159/ii-forum-mundial-de-educacao-profissional-e-tecnologica-sp