Haddad considera exame pouco
adequado para comparar escolas
04 de
outubro de 2011
A qualidade do ensino das escolas públicas e
privadas não deve ser comparada a partir dos dados do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem), afirmou nesta terça-feira, 4, o ministro
da Educação, Fernando Haddad. Ele debateu o tema em audiência pública realizada
na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal.
Para o ministro, a utilização dos resultados do Enem deve ser feita com
cautela, diante do caráter voluntário do exame. Ele lembrou que, em algumas
escolas, o número de estudantes que participam do exame é demasiadamente
pequeno, o que torna a nota média pouco representativa do conjunto de
estudantes da escola. Hoje, a taxa de participação mínima para que os dados da
escola sejam divulgados é dois por cento, considerada baixa pelo ministro.
Na audiência, Haddad destacou os avanços do Brasil em avaliações nacionais e
internacionais, que apontam para a melhoria da qualidade do ensino no país. O
ensino médio, entretanto, apresenta evolução mais tímida que o ensino
fundamental.
Entre 2002 e 2010, o número de jovens de 19 anos que concluiu o ensino médio
passou de 33% para 50%, uma significativa melhoria no
fluxo, porém não foi constatado o mesmo impacto na qualidade do ensino.
O ministro defendeu o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que espera votação no Senado Federal, como
instrumento para melhoria da qualidade de ensino. “O ensino médio de tempo
integral por meio do Pronatec é essencial para que o
ensino médio avance no país”, disse Haddad.
Diego Rocha
Palavras-chave: ensino médio, Enem
Fonte: