Ana Cláudia Ferreira Godinho. Trajetória formativa de educadoras de jovens e adultos: entre o formal e o não-formal. 2007

 

1v. 115p. Mestrado. UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DO SINOS.

 

Orientador(es): DANILO ROMEU STRECK

 

Biblioteca Depositaria: Biblioteca Unisinos

 

 

Palavras - chave:

 

Educação formal e não formal; Educação Popular; Educação de Jovens e Adultos; Formação de Educadores.

 

 

Área(s) do conhecimento: EDUCAÇÃO

 

 

Banca examinadora:

 

DANILO ROMEU STRECK                                                                                                                                     

 

EDLA EGGERT


GOMERCINDO GHIGGI
 

 

 

Linha(s) de pesquisa:

 

Não foi informado pela autora no trabalho.

 

Dependência administrativa                                                                                           

 

Privada

 

 

Resumo tese/dissertação:

Este estudo aborda a relação entre a educação formal e não-formal na formação de educadores/as de jovens e adultos que atuam em projeto fundamentado nos pressupostos teórico-metodológicos da Educação Popular, na rede municipal de Gravataí - RS. Sendo assim, o foco do estudo é a relação entre a EJA e a EP. A escolha do tema, a definição dos sujeitos, contexto e procedimentos utilizados vinculam-se aos pressupostos da pesquisa participante. Ainda que, neste estudo, a observação participante e as entrevistas individuais semi-estruturadas sejam os procedimentos adotados, a participação constituiu-se como princípio norteador do percurso metodológico realizado. O objetivo é compreender e analisar a relação entre as experiências formais e não-formais desses/as educadores/as e as implicações dessas trajetórias formativas sobre a identificação dos sujeitos com o campo educacional popular. Para tanto, realizei o resgate histórico da relação entre EJA e EP no contexto educacional brasileiro, situando os momentos de distanciamento entre os dois campos vinculando-os, respectivamente, à educação formal e à educação não-formal e de sua reaproximação, quando torna-se pauta de discussão do campo educacional popular a construção de uma educação pública popular. O referencial teórico desta pesquisa é composto de autores/as cujas reflexões têm origem em experiências de EP: Freire (1997; 1996; 1987; 1986), Brandão (2003; 2002a; 2002b; 1995; 1986; 1985a; 1985b; 1984), Vale (1992), Libâneo (2005), Arroyo (2002), entre outros. Os resultados obtidos apontam a dicotomia entre educação formal e não-formal, associando-as, respectivamente, à teoria e à prática. Além disso, no âmbito do não-formal (considerado, pelas educadoras, como sinônimo de prática), as falas indicam a tensão escola x mantenedora. Esta condiciona a aproximação e identificação das educadoras com o campo educacional popular. Por fim, as reflexões das educadoras entrevistadas aponta que são dispersos os seus saberes sobre a EJA e sua relação com a EP, bem como a identificação com o campo educacional popular (o que interfere na constituição de sua identidade social e profissional). Assim, a formação continuada em serviço apresenta-se como alternativa de sistematização e construção de saberes, contribuindo, desse modo, para a constituição de uma identidade que articule os dois campos educacionais, ou seja, a identidade de educadores/as populares de jovens e adultos.