Fabiana Cristina Teixeira de Toledo Fernandes. Formados, mas analfabetos: o paradoxo da política de (ex) incusão e a consturuição da subjetividade dos formandos. 01/04/2006

 1v. 184p. Mestrado. UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ - LINGÜÍSTICA APLICADA

 Orientador(es): Elzira Yoko Uyeno

 Biblioteca Depositaria: Biblioteca de Pedagogia, Ciências Sociais e Letras

 

 

Palavras - chave: AD, subjetividade, progressão automática, inclusão

 

 

Área(s) do conhecimento: 

 LINGÜÍSTICA APLICADA

 

 

Banca examinadora: 

 Claudete Moreno Ghiraldelo

 

 Elisabeth Ramos da Silva

 

 Elzira Yoko Uyeno

 

 

Linha(s) de pesquisa:

 Ensino e aprendizagem de línguas  Estudo dos processos de ensino e aprendizagem de línguas: materna e estrangeiras e, em especial, do papel da linguagem no desenvolvimento desses processos.

 

 

Agência(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertação:  FUNDESP

 

 

Idioma(s):

 Português

 

 

Dependência administrativa

  Municipal

 

 

Resumo tese/dissertação:

 Este estudo surgiu do interesse em investigar as possíveis causas do número crescente de alunos que se formam no Ensino Fundamental de escolas públicas municipais e estaduais destituídos da capacidade de ler e entender um texto simples e aproximam-se dos chamados analfabetos funcionais. A hipótese para a experiência de alunos que cocluem o Ensino Fundamental sem o dominio da leitura e da escrita é que há uma aplicação reducionista do conceito de progressão continuada. Assim,o objetivo principal desta pesquisa é contribuir para as pesquisas na área de ensino e aprendizagem de leitura e escrita em língua materna e os objetivos específicos, a verificação sistemática da existência ou não de alguns analfabetos e/ou iletrados em fase de conclusão do ensino fundamental e o rastreamento, na materialidade lingüística do discurso produzido por esses alunos, indícios da aplicação reducionista do sistema de progressão continuada. As perguntas da pesquisa são: 1) Como os alunos que não apresentam a proficiência mínima exigida em leitura e escrita na fase de finalização do nível de ensino fundamental foram avaliados ao longo do curso? 2) Qual a representação que esses alunos fazem de avaliação e de progressão continuada? 3) A representação de avaliação e de progressão continuada afetam o conceito de aprendizagem? Para responder ao primeiro objetivo da pesquisa, foram aplicados testes de leitura, cujas questões foram baseadas no Indicador de Alfabetismo Funcional, em alunos matriculados no quarto ano do Ciclo II, inscritos no curso regular e na Educaçaõ de Jovens e Adultos - EJA - antigo Supletivo e para atingir o segundo objetivo foi aplicado um questionário a alunos que não apresentaram proficiência em língua materna, detectada nos testes de leitura, com o intuito de analisar suas representações sobre a importância da escola, da leitura e da escrita, do processo de alfabetização, bem como da progressão automática. A pesquisa está organizada em duas partes: a primeira parte está constituida por uma revisão bibliografica das concepções de alfabetização e letramento, bem como a aplicação dos testes de leitura e a segunda parte abordará a teoria da Analise do Discurso de linha francesa, no que tange ao discurso escolar, discurso sujeito-aluno, contradição e representação do sistema escolar e o questionario produzido pelos alunos e uma analise discursiva dos mesmos. Os resultados confirmam a presença de sujeitos analfabetos e/ou iletrados inscritos no último ano do Ensino Fundamental e o questionário legitima o papel da escola como locus em que se adquire conhecimento.