Sara
Alves Feitosa. Televisão e juventude sem terra: mediações e modos de
subjetivação. 2007
1v. 171 p.
Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - FACULDADE DE EDUCAÇÃO.
Orientador (es):
ROSA MARIA BUENO FISCHER
Biblioteca Depositaria: Repositório Digital
LUME - UFRGS
Palavras - chave:
Sem terra; televisão; subjetivação;
juventude.
Área(s) do
conhecimento: EDUCAÇÃO
Banca examinadora:
ROSA MARIA BUENO FISCHER
ANA CAROLINE ESCOSTEGUY
ELIANE BRENNEISEN
MARGERETH SCHÄFFER
Linha(s) de
pesquisa:
Não foi informado pela autora no
trabalho.
Dependência administrativa
Federal
Resumo
tese/dissertação:
Esta dissertação está inserida no cruzamento dos
estudos de educação e comunicação. E nasce de pelo menos duas constatações: a
primeira, é que a mídia, especialmente a televisão, ocupa em nossa sociedade um
lugar de constituição de sujeitos; a segunda, é que grande parte dos discursos
produzidos na mídia atualmente são endereçados aos jovens. Assim, o presente
trabalho questiona sobre: 1) A relação de sujeitos jovens com os discursos
televisivos e, pergunta sobre as mediações, os processos de produção de
sentidos e re-significação
dos ditos da TV sobre juventude entre jovens do meio rural, aqui
especificamente, jovens de um Assentamento de Reforma Agrária; 2) Os modos de
subjetivação aprendidos na televisão por esses jovens de origem rural, mas que
convivem diariamente com as redes de comunicação e tecnologia do mundo
contemporâneo. Para empreender este estudo me amparo, por um lado, nos
conceitos de saber, relações de poder e modos de subjetivação do filósofo
francês Michel Foucault; por outro, utilizo-me da teoria do uso social dos
meios de Jésus Martín-Barbero. Entre as contribuições
do trabalho empírico realizado a partir de observações, escrita de diário de
campo e 40 entrevistas, com 20 jovens – com idade entre 14 e 24 anos - filhos
de assentados moradores do Assentamento Capela (Nova Santa Rita/RS/Brasil),
pode-se dizer que os jovens deste Assentamento transitam em um cotidiano
híbrido de culturas rurais e urbanas; servem-se dos discursos televisivos para
e sobre juventude como ferramentas de constituição de modos de ser jovem,
empreendendo novas sociabilidades e afetividades. Um outro
aspecto relevante é que o discurso do MST presente no cotidiano familiar e na
escola, por exemplo, é importante mediador dos discursos televisivos,
propiciando a esses jovens um olhar peculiar sobre os ditos da TV.