Falta de ensino médio em aldeia impede índios de fazerem vestibular
O Liberal, 08/09/2009 - Belém PA
Representantes das aldeias indígenas localizadas na reserva do Alto Rio Guamá tentarão uma reunião, hoje, com a nova titular da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Socorro Coelho, para pedir o curso de ensino médio, pois a inexistência do serviço impede que se candidatem à cota de vagas criada, este ano, pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Segundo Valdeci Tembé, as aldeias só dispõem do ensino de nível fundamental. Por causa da deficiência, eles não poderão participar do seletivo especial aberto pela UFPA. A instituição destinará duas vagas em cada um de seus cursos a alunos indígenas, a partir de 2010. Mesmo que o ensino médio fosse ofertado a partir do próximo ano, os estudantes das aldeias ainda correrão atrás do prejuízo já que a primeira turma de vestibulandos só seria formada no final de 2012. Por isso, eles têm pressa.
ESCOLAS - O
relatório produzido pela ex-secretária de Educação Iracy
Gallo, ao deixar o órgão, aponta a implantação do
ensino indígena de nível médio em dez aldeias, este ano, e o planejamento para
a construção de 17 escolas em outras localizadas em sete municípios. As aldeias
já contempladas, segundo o demonstrativo, são Kateté
(Parauapebas), Sororó (São
Geraldo do Arauguaia), Muratuba
(Santarém), Caruci/Arimun (Santarém), Nova Vista (Santarém), Vila Franca
(Santarém), Cachoeira Maró (Santarém), Mapuera (Oriximiná), Trocara (Tucurí) e Canindé (Paragominas).
As que poderão ser contempladas
com as construções são as aldeias Kyikategê, Frasqueira, Ita Hú, Piria, Pinawa, Sede, Sai Cinzas,
São Francisco, Kuwanamari, Inajá,
Bateria, Cajueiro, Surui, Turé-Mariquita,
Caxiu Mirin, Acará-Mirin e Trocara. As construções são