Estudantes de instituto federal vão passar 30 dias
no Texas
16 de dezembro
de 2011
Estudantes
de nove câmpus do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense vão passar os próximos meses de janeiro
e fevereiro nos Estados Unidos. Os 40 alunos da instituição gaúcha terão a
oportunidade de estudar o idioma inglês e técnicas de gestão e de
empreendimentos no Alamo Colleges,
em San Antonio, Texas.
Em
sua maioria, esses estudantes, oriundos de famílias de baixa renda, ainda não
tiveram oportunidade de sair de sua região ou do país. Nos EUA, eles ficarão
hospedados em casas de famílias norte-americanas.
A
iniciativa faz parte do projeto Mobilidade Escolar Internacional, desenvolvido
pelo instituto com o apoio da diretoria internacional do Alamo
Colleges. Na seleção dos alunos, foram considerados
critérios como situação socioeconômica, avaliação acadêmica, conhecimento da
língua inglesa e frequência escolar.
“A
experiência mostrará ao aluno que o intercâmbio pode fazer parte de suas vidas
e de sua formação e que tais oportunidades também são acessíveis a estudantes
de uma instituição pública”, afirma a assessora de assuntos internacionais do
instituto, Lia Pachalsky. A assessora para assuntos
de educação da Embaixada dos Estados Unidos, Márcia Misuno,
salienta que a experiência dos estudantes gaúchos levará outras instituições de
ensino brasileiras e norte-americanas a adotar iniciativas semelhantes, o que
ajudará a estreitar as relações entre Brasil e EUA.
Divididos
em duas turmas de 20 pessoas, os brasileiros permanecerão no Texas por 30 dias.
Para Alana de Borba, do curso de agropecuária, a
viagem oferecerá uma visão abrangente da cultura americana. Ela pretende também
ampliar os conhecimentos no idioma, a cada dia mais
valorizados no mercado de trabalho. “Vou melhorar meu currículo”,
constata.
André
Álvares, do curso tecnológico em saneamento ambiental, espera conviver de fato
com a cultura local. “Só a conheço através de filmes, vídeos e livros”,
observa.
Internacionalização
— O assessor internacional da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
(Setec) do Ministério da Educação, Rodrigo Torres,
lembra que a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica
iniciou, há dois anos, o programa de internacionalização dos institutos federais.
“A iniciativa prevê intercâmbio de professores e de estudantes, além da
realização de pesquisas conjuntas”, diz. “Além de permitir aos alunos conhecer
outras culturas e pessoas, ela permite e incentiva o intercâmbio de
conhecimentos técnicos.”
Com
o intercâmbio, as instituições envolvidas pretendem promover a troca de
experiências entre estudantes e professores de ambos os países; desenvolver nos
brasileiros a proficiência na língua inglesa em nível básico; ampliar o
conhecimento do mundo do trabalho, da educação profissional e de diferentes
formas de abordagem dos conceitos de empreendedorismo; permitir aos alunos a
adaptação a um país estrangeiro e às regras de convivência propostas no
programa de estudos do Alamo Colleges.
Ana Júlia Silva
de Souza
Palavras-chave: instituto
federal, intercâmbio, Alamo Colleges
Fonte: