Estudante do Projovem vai à Justiça para
garantir bolsa
Aluna da qualificação de Turismo, Luciana só vem recebendo os
passes
10/11/2010
A estudante Luciana Joana Evangelista tinha 29 anos no dia 16 de abril quando se inscreveu para o Projovem, curso de qualificação profissional realizado em Marília através de convênio entre município e governo federal. Entretanto, para assegurar o recebimento da bolsa-auxílio de R$ 100 e o direito de receber certificado com reconhecimento do Ministério do Trabalho ela entrou com mandado de segurança. Desde agosto Luciana está recebendo apenas os valores do passe.
“Fui informada que não terei direito à bolsa e nem ao diploma”, revela. O motivo que a empresa Labor & Vita, gerenciadora do convênio, alegou foi a idade. Luciana já completou 30 anos e, segundo a Labor & Vita, ela não se enquadra mais no perfil do programa, que é dos 18 aos 29.
A Defensoria Pública em Marília assumiu o caso de Luciana, que é mãe de duas crianças e encontrou no Projovem uma oportunidade de aperfeiçoamento profissional. “Até doente eu fui às aulas para não perder o direito ao benefício mensal”, explica a estudante que frequenta regularmente o curso desde o início, em agosto, e até ontem não havia recebido a bolsa.
O Diário entrou em contato com a empresa Labor & Vita e com o diretor Clovis Freire de Moura, mas ninguém foi encontrado para comentar o assunto. A empresa que recebeu R$ 2 milhões do município antes do início do curso, está envolta em série de denúncias de estudantes que não estariam, recebendo os benefícios e, na semana passada, demitiu 23 funcionários.
Fonte: