Estado
vai transferir 76 escolas compartilhadas para Prefeitura do Rio
10/11/2011
As
76 escolas de ensino exclusivamente fundamental, em que o Estado e Prefeitura
usam o mesmo prédio, devem ser transferidas para o Executivo municipal.
O
anúncio foi feito zzzzeira (9) pelo secretário de
Estado de Educaço, Wilson Risolia,
durante audiência pública da Comissão de Educação da Assembleia
Legislativa do Rio (Alerj). As unidades, porém, só
serão repassadas caso a administração possa receber, com segurança, os alunos.
“Gostaríamos
que a prefeitura assumisse essas 76 escolas no próximo ano, mas temos que ter
muita segurança ao fazer essa transferência. No momento, 48 unidades de ensino
estão sendo negociadas para que, no começo do próximo ano letivo, já estejam
sendo geridas pela Prefeitura do Rio, pois só dependemos do aval do prefeito
Eduardo Paes”, garantiu Risolia. Presidente da
comissão, o deputado Comte Bittencourt (PPS) mostrou-se favorável a esta
mudança, mas ressaltou a necessidade de um olhar diferenciado para cada escola.
“Não
sou contra a reorganização que a Secretaria de Estado de Educação está
realizando nas escolas compartilhadas, mas acredito que cada colégio deve
receber um olhar diferenciado, porque o que nos preocupa é o deslocamento
físico desses alunos. Temos que considerar a dificuldade do deslocamento, a distância e a situação das áreas que têm problemas com
conflitos sociais, para que a gente não aumente um problema que já enfrentamos
hoje: a evasão escolar”, destacou o parlamentar.
Risolia
lembrou ainda que, no ranking feito pela Seeduc, as
escolas da rede estadual de ensino com pior desempenho são as compartilhadas
noturnas que se encontram na capital. “A relação entre município e estado é
muito boa. Temos mantido um diálogo permanente com a secretária Municipal de
Educação do Rio, Cláudia Costin, para que o processo
seja feito sem traumas, tanto para professores quanto para os alunos”,
acrescentou Risolia, informando que, no interior, 45
escolas são compartilhadas e continuarão funcionando dessa forma.
Outro
assunto discutido durante a reunião foi a situação dos
Centros de Estudos de Educação de Jovens e Adultos (Ceja).
Há uma proposta para que, através de uma parceria com a Secretaria de Estado de
Ciência e Tecnologia, as unidades passem a se chamar Ceja
Profissional, visando a fornecer ensino profissionalizante a estudantes da rede
estadual de ensino. Essas unidades terão, na modalidade semipresencial, os ensinos fundamental e médio, oferecidos pela Fundação Centro de
Ciências e Educação Superior à Distância do Estado do Rio (Cecierj),
e cursos profissionalizantes da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec).
Para
Bittencourt, essa mudança tem que ser definida como política de estado através
de uma lei e não por um decreto. “Não queremos que essa mudança seja feita
através de um decreto e sim por lei, para que não seja só uma política de
Governo, mas uma política de estado. Se isso for o melhor para a educação
fluminense, que seja através de uma norma definitiva”, disse o presidente da
comissão.
O
secretário esclareceu que pretende unir forças. “Essa mudança foi pensada a
partir de visitas a essas unidades e do diagnóstico que fizemos com os próprios
alunos, principalmente do interior, pois muitos não têm acesso ao ensino
profissionalizante. Não podemos esquecer o momento que o Rio está vivendo, com
muitas empresas se instalando no interior e, consequentemente,
buscando mão-de-obra qualificada”, lembrou Risolia.
Os
deputados Inês Pandeló, Robson Leite e Gilberto
Palmares, do PT, Gustavo Tutuca (PSB), Andreia Busatto (PDT), e Claise Maria Zito e o líder do Governo, André Corrêa, ambos do PSD, além
de representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) e da União dos Professores Públicos do Estado (Uppes).
Fonte:
http://diariodemocratico.com.br/educacao/7/4148