Secretaria
de Educação Profissional e Tecnológica Nº
117 - 7 a 13 de novembro de 2005
Escola de Fábrica inicia aulas em 250 municípios
Proposta é capacitar 40 mil jovens até o final de 2006
Com a meta de formar 40 mil jovens até o fim do próximo ano, o Ministério da Educação promoveu, em setembro e outubro últimos, aulas inaugurais da Escola de Fábrica. O objetivo do programa é ampliar as possibilidades de formação profissional básica e favorecer o ingresso de estudantes de baixa renda no mundo do trabalho.
Na primeira fase, foram abertas 558 escolas, que beneficiarão 11,5 mil alunos em 250 municípios. A primeira aula do programa foi ministrada pelo secretário-executivo do MEC, Jairo Jorge da Silva, no dia 12 de setembro, em Salvador.
Além da Bahia, o MEC programou outras nove aulas inaugurais, em cidades do Paraná (16 de setembro), São Paulo (19 de setembro), Santa Catarina (23 de setembro), Rio Grande do Sul (26 de setembro e 14 de outubro), Pernambuco (30 de setembro), Minas Gerais (3 de outubro), Mato Grosso do Sul (7 de outubro) e Rio de Janeiro (25 de outubro).
Multiplicação - Para Jairo Jorge, o programa resgata experiências bem-sucedidas de organizações não-governamentais que ao longo dos anos vêm oferecendo cursos profissionalizantes a jovens de baixa renda. "Estamos multiplicando essas iniciativas para todo o Brasil, transformando em política pública o que antes eram ações isoladas", disse.
Para a diretora da Escola de Fábrica, Jane Bauer, o programa procura romper a falta de oportunidades no mundo do trabalho, no qual a exigência de qualificação técnica é cada vez maior. "A parceria que promovemos com empresas privadas, indústrias, cooperativas e entidades públicas oferecerá aos estudantes selecionados cursos de iniciação profissional que estejam em sintonia com os arranjos produtivos locais e regionais, o que facilitará a entrada desses jovens no mercado de trabalho", disse.
Este ano, 1,5 mil projetos foram inscritos na Escola de Fábrica. Desses, 558 foram aprovados e estão sendo ministrados em 19 estados. Cerca de 11,5 mil alunos serão beneficiados nos próximos seis meses. O programa oferece cem modalidades de cursos profissionais, em 20 áreas reconhecidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Dentre elas, agropecuária, artes, comércio, comunicação, construção civil, design, geometria, gestão, imagem pessoal, indústria, informática e lazer.
O público do programa Escola de Fábrica é formado por jovens matriculados na rede pública regular do ensino básico, com renda familiar per capita de no máximo 1,5 salário mínimo. Além de aprender uma profissão, eles ganham alimentação, uniforme, transporte, material didático e seguro de vida em grupo. As empresas oferecem espaço, mobiliário e instrutores para as turmas. Cada estudante recebe uma bolsa-auxílio de R$ 150,00 do MEC.
Cidadãos que participaram do programa Brasil Alfabetizado ou que estejam matriculados ou para ingressar em cursos de educação de jovens e adultos são os alvos prioritários do programa.
Os cursos da Escola de Fábrica são presenciais, com duração total de 600 horas, em turmas de 20 alunos, em média. O currículo é dividido em 120 horas de ensino básico, com matérias de língua portuguesa, matemática, história e geografia; 120 horas sobre temas transversais para a formação do cidadão, como noções de ética, cidadania, mundo do trabalho, elementos de legislação trabalhista, relações interpessoais, imagem pessoal, saúde, diversidade étnica, diversidade de gênero, portadores de necessidades especiais, meio ambiente e orientação social, e 360 horas com o conteúdo profissional do curso (teoria e prática).
O Ministério da Educação está com inscrições abertas, até 30 de novembro, para novos projetos da Escola de Fábrica. Prefeituras, organizações não-governamentais, secretarias de educação, fundações, escolas, cooperativas e instituições sem fins lucrativos podem participar do processo.
O arquivo com instruções para a inscrição e envio das propostas pedagógicas está na página eletrônica www.mec.gov.br/setec/escoladefabrica.
FONTE
http://www.mec.gov.br/news/setec/boletim117.htm