Escola de Fábrica abre com mais de 11 mil alunos
Estudantes de 16 a 24 anos, matriculados no ensino público regular, terão a chance, a partir de junho, de fazer sua iniciação profissional em uma das 560 escolas de fábrica que serão abertas em 250 municípios de 18 estados. Iniciativa do governo federal, o projeto vai funcionar por meio de parceria entre o Ministério da Educação e a empresa onde o aluno estuda.
Segundo a diretora do projeto Escola de Fábrica, Jane Bauer, 11.500 alunos iniciam as aulas, teóricas e práticas, em 15 de junho. Dentro de 20 áreas definidas pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) serão oferecidos mais de 100 cursos, como marcenaria, turismo, hotelaria, confecção e mecatrônica. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação, Tarso Genro, darão a aula inaugural, em Porto Alegre (RS), no dia 15 de junho, para os dois mil alunos do estado. Depois disso, a cada dia, haverá uma aula inaugural nos estados participantes.
A meta inicial do Escola de Fábrica para 2005 era trabalhar com 500 escolas, mas o MEC ampliou para 560 com os mesmos recursos. Jane Bauer diz que chegaram ao ministério 1.500 propostas de cursos, "a maioria muito boa". Nas 560 escolas estarão envolvidas 700 empresas. Muitas delas, sendo pequenas, constituíram redes para dividir responsabilidades na execução do curso. Formaram redes, por exemplo, pequenas confecções e setores do comércio.
Curso - Para concorrer à vaga, o jovem deve ter entre 16 e 24 anos, estar matriculado em escola pública no curso regular de educação básica (ensino fundamental, médio, educação de jovens e adultos, Brasil Alfabetizado) e comprovar renda per capita de até um salário mínimo e meio. Os cursos terão duração de 600 horas e serão ministrados entre 15 de junho e 16 de dezembro de 2005. O curso é composto por três módulos: um módulo de 120 horas para reforço escolar do ensino básico, que serve como estímulo à freqüência; um módulo com 120 horas, onde serão abordados temas transversais para a formação do cidadão, como noções sobre direito do trabalho; o terceiro módulo terá duração de 360 horas e será destinado à formação profissional, das quais 60 horas são de aulas práticas.
O MEC e seus parceiros têm atribuições diferentes na execução do projeto. O ministério vai investir R$ 25 milhões, divididos em bolsa-auxílio mensal de R$ 150,00 por aluno e que será repassado em três parcelas, no valor total de R$ 30 mil, aos gestores para a elaboração da proposta pedagógica do curso e formação de professores. Cabe ao ministério dar orientação pedagógica e supervisionar os cursos. A empresa vai selecionar os alunos, montar e mobiliar a sala de aula, fornecer orientadores da área técnica que serão responsáveis pelas aulas práticas, oferecer alimentação, transporte, uniforme e seguro aos alunos.
Repórter: Ionice Lorenzoni
Palavras-chave: mec, notícias, jonalismo, matérias
Fonte:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2944&catid=209