Ensino médio integrado é tema de seminários
11/05/2005 15h25
A implantação da educação profissional técnica de nível médio integrada ao ensino médio está sendo discutida pelas secretarias de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) e de Educação Básica (SEB/MEC) em 11 seminários nos estados. O primeiro ocorreu na última segunda-feira, dia 9, em Pernambuco. O ponto central da discussão é que sem vinculação com a educação básica, a educação profissional e tecnológica corre o risco de se tornar um treinamento em benefício exclusivo do mercado.
Outros quatro seminários serão realizados ainda este mês, nos dias 17 (Tocantins), 20 (Paraíba), 23 (Santa Catarina) e 31 (Piauí). Em 17 de junho, será a vez do Espírito Santo. Em 5 de julho, de Rondônia. Paraná, Mato Grosso, Goiás e Ceará ainda não definiram as datas. Nos seminários, são discutidos temas como a concepção do ensino médio integrado ao técnico, currículo, plano de implantação e articulação da modalidade com planos regionais de desenvolvimento.
Participam representantes do MEC, das secretarias de educação e de ciência, tecnologia e meio ambiente, do Sistema S (Senai, Senac e Sesi) e de organizações não-governamentais. O MEC vai apoiar financeiramente os estados interessados em prestar assistência técnica e pedagógica. Segundo o Censo Escolar de 2004 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), há, naqueles estados, 2,7 milhões de alunos no ensino médio e 128 mil no ensino técnico de nível médio.
Integração — A educação profissional técnica de nível médio pode ser desenvolvida, segundo o Decreto nº 5.154, de 23 de junho de 2004, de forma integrada, articulada, concomitante ou subseqüente ao ensino médio. Os cursos, na forma integrada, terão carga horária ampliada para três mil a 3,2 mil horas de aula. Devem durar quatro anos, a menos que seja oferecido em período integral. Um curso normal tem, atualmente, 2,4 mil horas.
Na forma articulada, esses cursos podem ser desenvolvidos na mesma instituição de ensino ou em escolas diferentes, com unidade de projetos pedagógicos. Na forma concomitante, o aluno escolherá a alternativa de complementaridade entre o ensino médio e a educação profissional técnica. Na proposta de formação subseqüente, a profissionalização será oferecida a quem tenha concluído o ensino médio, que pode ser cursado em qualquer instituição de ensino.
Repórter: Rodrigo Farhat
FONTE: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=content&task=view&id=1571&FlagNoticias=1&Itemid=1687