Ensino
médio é gargalo e indicadores estão estagnados
06/06/2015
Para especialistas, mudanças são urgentes. Segundo o
ex-secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC) Cesar Callegari, o ensino médio precisa de uma revolução, feita
com muita coragem.
"Não adianta mais ficar remendando uma
estrutura que evidentemente não corresponde às necessidades dos jovens, das
escolas e do país", diz o também ex-secretário municipal de Educação da
Prefeitura de São Paulo. "É importante que a meninada tenha como exercer
seu protagonismo."
Os indicadores de qualidade do ensino médio do país
estão praticamente estagnados, e não é diferente em São Paulo.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ensino médio paulista caiu entre 2011 e 2013, de
3,9 para 3,7, ficando abaixo da meta daquele ano (que era de 3,9) e distante da
meta a longo prazo: chegar a 5,1 em 2021.
No indicador estadual realizado todos os anos, houve
variação positiva no Idesp
em 2014 com relação ao ano passado. Passou de 1,83 para 1,93 - o ideal é chegar
a 5. O maior problema é que os resultados nas
avaliações de Português e Matemática estão estagnados em níveis muito baixos há
anos.
A pesquisadora Paula Louzano,
doutora em Política Educacional pela Universidade Harvard, vê a falta de um
esforço para uma sistematização articulada entre os níveis de ensino.
"Há uma ideia de que nosso ensino é
enciclopédico, mas nem a esse ponto chegamos. Se os alunos soubessem o que é
porcentagem, mas não entendessem para que serve, seria
isso. Mas a maioria dos alunos não sabe nem porcentagem", diz. "Vejo
com muita desconfiança reformas no ensino médio sem mexer nos anos finais do
ensino fundamental." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/ensino-medio-e-gargalo-e-indicadores-estao-estagnados