Enem pode virar prova obrigatória
Diário Catarinense,
01/09/2009 - Florianópolis SC
O Exame
Nacional de Ensino Médio (Enem) pode ser dividido em
edições regionais e se tornar obrigatório em alguns anos. A perspectiva foi
traçada pelo diretor de avaliação do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos
Educacionais (Inep) do Ministério da Educação, Heliton Ribeiro Tavares, aos participantes do Seminário
Sobre o Enem, promovido pelo Sindicato do Ensino
Privado do Rio Grande do Sul, ontem,
Antes de
chegar à discussão da obrigatoriedade, reivindicada pelas secretarias estaduais
de Educação, o exame terá de passar pela fase de expansão para poder ser
aplicado em todos os municípios brasileiros, com estudos de viabilidade
logística e de segurança. A primeira etapa, de fragmentação, está prevista para
começar em 2010, quando o exame terá duas edições: uma em abril e
outra
Na sequência, em anos posteriores, o exame poderá ser “quebrado” em edições menores, com aplicações regionalizadas de questões de abrangência nacional. – A metodologia deverá garantir que os resultados de uma região possam ser comparados com os de outra. Com edições menores ficará cada vez mais fácil garantir a expansão – acredita Tavares. A expansão é a etapa intermediária entre o sistema atual, no qual o estudante submete-se voluntariamente à prova, e o futuro, no qual o exame pode se tornar obrigatório. – Os dois assuntos são vinculados, não há como ser diferente – disse.
Segundo o diretor de avaliação do Inep, a obrigatoriedade é uma demanda confirmada pelas secretarias estaduais de Educação, que percebem que há escolas com problemas sérios e que poderão ser melhor identificados com a participação de todos os estudantes no exame. A decisão, no entanto, não caberá ao Ministério da Educação. – Nós estudaremos a expansão do Enem a todos os municípios e as secretarias providenciariam, por intermédio dos conselhos estaduais, a obrigatoriedade para todos os alunos do ensino médio – destacou Tavares. A previsão, segundo o diretor de avaliação do Inep, é que o cronograma da expansão esteja elaborado até o fim do ano que vem, com a ressalva de que a aplicação é a etapa posterior.