Enem: caminho de oportunidades
30/07/2014
As inscrições
para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) superaram as expectativas para
2014. Foram inscritos, aproximadamente, 9,5 milhões de estudantes de todas as
regiões do país. Desde a criação da avaliação, em 1998, o número de inscritos
vem aumentando gradativamente. Para isso, alguns incentivos foram importantes.
Para recordar
alguns acontecimentos, a partir de 2001 o exame passou a ser gratuito para
todos os alunos da escola pública. Já em 2004, foi criado pelo Ministério da
Educação o Programa Universidade para Todos (Prouni),
que iniciou as suas atividades concedendo bolsas de estudos integrais ou
parciais (50%) em instituições privadas de ensino superior, e para participar,
os alunos utilizavam as notas obtidas no ENEM. Além disso, em 2009, algumas
universidades federais e institutos federais de educação aderiram ao exame como
forma de acesso aos seus cursos de graduação.
Atualmente, há
alguns possíveis caminhos que podem ser trilhados pelos estudantes a partir da
nota obtida no ENEM. O aluno pode utilizá-la para se inscrever no SISU (Sistema
de Seleção Unificado), por exemplo, que deve oferecer cerca de 130 mil vagas em
mais de 100 Instituições de Ensino Superior - Universidades e Institutos
Federais de Educação - só este ano.
Com essa
possibilidade de romper com as fronteiras de acesso ao ensino público, uma
questão sempre é apresentada pelas famílias: como fazer para subsidiar o filho
em outra região do país? O primeiro aspecto que deve ser considerado é a
conquista de uma vaga pública e a possibilidade do acesso ao ensino superior,
mesmo que, para isso, o estudante precise mudar de cidade ou estado. É a
primeira vez na história da Educação brasileira que rompemos com as barreiras
geográficas impostas pelos vestibulares bairristas!
E as famílias precisam saber que não estão
desamparadas neste processo. As Universidades públicas oferecem possibilidades
para os estudantes com baixa renda, como moradias estudantis, bolsas
alimentação e participação em projetos de iniciação científica com bolsas
subsidiadas pelo CNPQ, entre outras formas de incentivo que podem auxiliar ou
subsidiar o custo de vida do aluno em outras regiões. Esse fato é importante
para rompermos com as fronteiras físicas e vislumbrarmos novas possibilidades
para o ensino superior.
Além da oferta
das vagas públicas, é possível ingressar nas universidades privadas tanto por
meio do Prouni quanto pelo FIES (Fundo de
Financiamento Estudantil), programa do Ministério da Educação destinado a
financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em
instituições não gratuitas. Nesse último caso, a maioria das universidades
avalia o ingresso do estudante por meio da nota obtida no ENEM.
Há oportunidades
não só no Brasil, como também no exterior. Neste ano, algumas universidades
portuguesas, como a Universidade de Coimbra, por exemplo, passaram a aceitar a
nota do ENEM em seus exames de seleção. Outro programa internacional é o
‘Ciência sem Fronteiras’, que possibilita ao aluno de graduação uma
oportunidade de experiência fora do país. Nesse caso, o estudante precisa obter
no Exame uma nota igual ou superior a 600 para concorrer a uma vaga.
Viajando o
Brasil para falar com professores, alunos e famílias, pude identificar que o
ENEM já faz parte do dia a dia do estudante, mas que nem todas as oportunidades
que existem a partir do exame estão bem compreendidas. Então, nada melhor do
que buscar conhecer todos os possíveis caminhos do Ensino Superior para, assim,
decidir qual é o melhor a ser seguido.
Fonte:
http://tribunadonorte.com.br/noticia/enem-caminho-de-oportunidades/289067