Eneja discute alfabetização de jovens e adultos

20.09.2009

 

O XI Encontro Nacional de Educadores de Jovens e Adultos (Eneja) reúne pela primeira vez na região Norte os professores e agentes públicos responsáveis pela alfabetização daqueles que não tiveram oportunidade de ingressar em escola regular. O evento que começou nesta quinta-feira, 17, no auditório do Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, prossegue até domingo com cerca de 700 participantes de todo o Brasil.

O Eneja, um dos encontros preparatório para o VI Confintea, que acontece em novembro no Hangar, é considerado uma das mais relevantes discussões sobre a educação da sociedade brasileira. O discurso da coordenadora do EJA/Pará, Adelaide Brasileiro, na abertura do evento ratificou a importância de cada membro que constrói a alfabetização de jovens e adultos no país. “Temos que ser pessoas comprometidas com o fim da exclusão neste no Brasil. Proporcionando um saber sistematizado, introduzindo no mundo da literatura os cidadãos que ainda não tiveram o contato com o conhecimento ou não tiveram acesso. Nós estamos no chão das escolas. Nós somos os responsáveis pela mudança no dia a da do ensino”, disse Adelaide.

Jerry Adriani, coordenador da EJA nacional, destacou os trabalhos realizados no Pará e parabenizou a iniciativa da coordenação local. Gery falou da luta para manter a importância do ensino básico como direito de cada cidadão e elogiou o Hangar como espaço democrático. “O Eneja possui três marcos: em primeiro lugar, não é fácil chegar na 11ª edição, e isso já aponta que temos uma história; em segundo, estamos exercitando cada vez mais o dialogo entre as diferentes opiniões, afinal, somos 27 Estados debatendo questões comuns sob pontos de vistas diferentes; em terceiro acho que posso dizer que já somos uma rede sólida”, pontuou Gery.

O Eneja congrega professores, educadores, representantes de movimentos sociais e sindicais, instituições de ensino superior, agentes de gestão pública, organizações internacionais e ONG’s para debater a questão da alfabetização e educação de jovens que não frequentaram a escola na idade adequada. Como é o caso de Lurdes da Paixão Gurjão, 69 anos, aluna beneficiada pelos programas do Eja. Já nos fim dos estudos do Ensino Médio, Lurdes está inscrita para fazer a prova do Enem 2009 e sonha em estudar Filosofia na universidade. Essa é apenas uma das milhares de histórias de adultos que descobriram o sabor do saber já na idade adulta. O trabalho de professores e de movimentos sociais empenhados no desenvolvimento de programa de educação de jovens e adultos tem mudado os rumos do país. Lurdes quer desenvolver trabalhos no sentido de apontar para a sociedade que nunca é tarde demais para aprender e recomeçar a vida.

 

(Diário Online/ Ascom Eneja)

 

Fonte:

http://www.diariodopara.com.br/noticiafullv2.php?idnot=61037