Em Uberaba, 40 presidiários farão as avaliações do Enem
15/11/2012
Mais de três mil detentos das unidades prisionais do Estado de Minas participarão este ano das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Em Uberaba, cerca de 40 presidiários estão entre os participantes do certame e os preparativos para as provas já estão em andamento.
O número é quase quatro vezes maior do que o total de participantes do ano passado, quando somente 795 detentos participaram do exame nas unidades prisionais, segundo dados da diretoria da Suapi (Subsecretaria de Administração Prisional) da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). O presidente da entidade, Helil Bruzadelli, informou que os números são motivo de orgulho para o governo do Estado e a meta para o ano que vem é aumentar ainda mais a quantidade de inscrições.
De acordo com o diretor da Penitenciária Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba, Itamar da Silva Rodrigues Júnior, igualmente aos outros participantes no restante do Estado, alguns dos detentos uberabenses estarão também tentando agora conquistar o certificado de conclusão do ensino médio para depois se candidatar ao ensino superior. Eles já participam de aulas ministradas por profissionais de uma escola estadual, em convênio com a Seds, e por isso poderão participar das provas em uma sala dentro da unidade prisional.
O Enem Prisional será realizado nos dias 4 e 5 de dezembro, datas em que os detentos vão tentar conquistar o certificado de conclusão do Ensino Médio e também se candidatar a vagas em instituições de Ensino Superior. As provas são diferentes daquelas do Enem regular, que foram aplicadas no último fim de semana (3 e 4 de novembro), mas apresentam o mesmo nível de dificuldade.
Segundo a diretoria de Ensino e Profissionalização da Suapi, responsável pelas provas, uma série de fatores possibilitou o aumento nas inscrições. Uma deles é que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) deu autonomia à subsecretaria para acesso ao sistema de cadastro de unidades prisionais. Assim, a diretoria pôde utilizar uma estratégia de pré-cadastro das unidades ao Enem, facilitando a inscrição dos detentos, e o serviço social dos presídios também ajudou a regularizar os CPFs dos presos, documentação indispensável para a participação deles no exame.
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