A Gazeta, 17/05/2004 - Vitória ES

Educação profissional terá mais 118 milhões

 

Brasília – O Ministério da Educação (MEC) anunciou a liberação de R$ 118 milhões para investimentos em 45 projetos do Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep) até 2006. O dinheiro será repassado em parcelas para as entidades que tiveram seus projetos aprovados para a compra de equipamentos, construção de centros de educação profissional e capacitação de professores. Ao todo serão abertas em todo o país mais de 45 mil vagas por ano na rede profissional tecnológica de ensino médio. "Os proponentes vão receber R$ 25 milhões ao longo do ano, chegando ao total de R$ 118 milhões em dois anos", anunciou o secretário de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), Antônio Ibañez Ruiz.

 

Viabilidade - Esses 45 projetos são parte das 105 propostas já aprovadas no Governo  anterior e suspensas para reavaliação da viabilidade, adequando à demanda do mercado e ao planejamento estratégico para o desenvolvimento em cada região. "Primeiro observamos a consistência técnica e a qualidade do projeto e também a distribuição regional. Além disso, o projeto tinha que estar adequado às áreas profissionais específicas de cada região", afirmou Ibañez. De acordo com ele, mesmo que todos os projetos estivessem conforme as novas regras do MEC não haveria dinheiro para todos eles. Os 60 projetos restantes vão ser analisados no ano que vem, ficando na pendência de recursos vindos do orçamento. "Temos que agradecer à Frente Parlamentar em Defesa da Educação Profissional, porque conseguimos aprovar uma emenda e liberar mais recursos para a implantação dos  projetos este ano", disse. Dentre os Estados que receberão a verba, o Rio Grande do Sul foi o que ficou com a maior parcela e receberá R$ 16,3 milhões, seguido por São Paulo, com R$ 13,5 milhões e Minas Gerais, com R$ 10,5 milhões.

 

Além de fundações e escolas técnicas federal e estaduais, o MEC contemplou também associações comunitárias, como Escola Brasileira de Cinema, em Porto Alegre, e o Centro de Educação Profissional de Lucas do Rio Verde (MT), principal pólo de produção de soja do país. "Nós queremos que a produção se dê em função da qualificação desses profissionais. Queremos profissionais com qualidade para que possam interferir e melhorar ainda aquilo que possa estar sendo produzido", disse o secretário.