Educação profissional se abriu aos mais pobres

30/12/2005 16h

 

Balanço Setec

O plano de expansão das unidades dos centros federais de educação tecnológica (Cefets) e o Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio, na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja), são as grandes realizações da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) em 2005.

 

Para a secretária adjunta Maria José Rocha Lima, “a grande crítica dos segmentos da educação é que as escolas técnicas atendem a classe média. Agora os centros federais vão acolher os adultos das classes menos favorecidas da população e cumprir com sua missão social de inclusão”, afirma. Neste ano, foi revogada uma lei que proibia o governo federal de investir sozinho na expansão da rede, sem parcerias. Isso abre caminho para a criação de 40 novas unidades de ensino.

 

Proeja - Em outubro e novembro deste ano, foram realizadas 15 oficinas pedagógicas com gestores de ensino visando capacitá-los para a implementação do Proeja. O objetivo do programa é atingir o Sistema S (formado pelo Sesi, Senai, Sesc, Senac, Sest, Senat, Senar e Sebrae) e atender à demanda gradualmente, oferecendo dez mil vagas em 2006 e mais 20 mil em 2007.

 

Escola de Fábrica - O programa, que realiza cursos de iniciação profissional dentro de empresas para jovens de baixa renda de 16 a 24 anos, também apresentou avanços. Está com 558 unidades e atende 12 mil alunos, incluindo os que estudam em empresas estatais. A meta é qualificar 40 mil jovens para o mercado de trabalho até o final de 2006.

 

Produção – Em 2006, a Setec pretende realizar a 1ª Jornada Nacional de Produção Científica e Educação Profissional e Científica, um simpósio nacional para definir quais Cefets serão transformados em universidades tecnológicas e uma confederação para estabelecer as diretrizes da política nacional, além da criação de um fundo para o financiamento da educação profissional.

 

Outras propostas para o próximo ano são: capacitação de professores sem formação pedagógica; ensino da história da África; realização da primeira avaliação da educação profissional; criação de parâmetros curriculares e de um catálogo nacional de cursos; implementação do centro de informação virtual e da certificação profissional; e estruturação do projeto Sintonia, para realizar cursos de acordo com a demanda do lugar.

 

Repórter: Raquel Maranhão Sá

 

FONTE: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=content&task=view&id=3914&FlagNoticias=1&Itemid=4057