Educação de qualidade e renda
08.09.2012
Investimento no
setor traz ganhos sociais e econômicos a longo prazo.
A qualidade da educação tem uma importância significativa e
positiva com relação ao crescimento da renda per capita nas famílias. Estudos
comprovam que os investimentos na educação - além de aprimorarem as habilidades
individuais e, consequentemente, resultarem no aumento da renda - trazem ganhos
sociais e econômicos para a sociedade a longo prazo.
A notícia no mês passado, de Mato Grosso ter atingido, em 2011, as
metas previstas para o ano de 2015, nos Índices de Desenvolvimento da Educação
Básica (Ideb) do Ensino Fundamental, divulgados pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep),
mostra que os investimentos nas políticas pedagógicas da Educação, do governo
de Silval Barbosa, estão no caminho certo.
Mato Grosso obteve 4,5 pontos no ensino fundamental, superando em
um ponto a meta de 2011 que era de 3,5 pontos. Nas séries iniciais, o estado
ficou obteve 5,1 pontos (classificado em 6º lugar entre os estados
brasileiros). Nas séries finais, ainda do ensino fundamental, Mato Grosso ficou
em terceiro lugar no país, obtendo 4,3 pontos.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criada em 2007 para medir a qualidade de cada
escola e de cada rede de ensino. Reúne, em um só
indicador, os dois conceitos importantes para a qualidade de educação: o fluxo
escolar e as médias de desempenho nas avaliações.
Medido a cada dois anos, a avaliação da qualidade de ensino tem o
objetivo de cumprir metas de melhoria da educação para chegar, até o ano de
2022, à obtenção da nota 6, para as séries iniciais do ensino fundamental (1º
ao 5º ano), correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos. Para
os estudantes dos anos finais (6º ao 9º ano) a meta é de 5,5 pontos e para o
ensino médio é de 5,2 pontos.
No ensino médio regular da rede estadual, Mato Grosso conseguiu
atingir a meta estipulada para o ano de 2013, obtendo a nota 3,1.
Segundo a análise dos especialistas em políticas educacionais da Secretaria
Estadual de Educação, o controle do fluxo (relação aprovação, evasão e
abandono) do ensino fundamental, junto ao acompanhamento das crianças, à
política de incentivo de permanência dessas crianças junto às famílias e comunidades
escolares, fizeram a diferença do crescimento da qualidade de ensino.
Também, os investimentos em políticas pedagógicas que fortalecem a
leitura e a escrita das crianças até 8 anos, a ampliação dos programas Mais
Educação e a formação continuada dos profissionais da educação foram os fatores
fundamentais para o salto dos índices no ensino fundamental. Mato Grosso lidera
o crescimento das metas na região Centro-Oeste.
No ensino médio, as ações pedagógicas estão voltadas para os
programas de profissionalização (Pronatec, Ensino
Médio Integrado), cujas ações de preparação ao mercado de trabalho têm
resultados positivos para maior permanência dos estudantes nas escolas, além de
despertar o interesse pelos estudos. Para isso, o governador Silval Barbosa tem desenvolvido políticas públicas e
investimentos para laboratórios, aulas de campo e profissionalização.
Na última década, a Educação foi o fator que mais contribuiu para
a elevação de renda dos brasileiros menos favorecidos, conforme pesquisas sobre
desigualdades sociais, desenvolvidas pela Fundação Getúlio Vargas. De
Pesquisas também demonstraram que estudantes os quais cursaram o
ensino médio profissionalizante têm salários até 12% maiores em média, comparado aos que cursaram o médio regular. Essa diferença é
ainda maior, de quase 20%, para os trabalhadores que frequentaram algum curso
técnico na área industrial.
Por todas essas mudanças sociais, os modernos teóricos sobre
capital humano concluem que a qualidade na educação é o fator de diferenciação
do crescimento entre os países. Consideram que a acumulação de capital humano é
uma fonte alternativa às mudanças tecnológicas de crescimento econômico e
social.
OPINIÃO / JOSÉ LACERDA
secretário-chefe da Casa Civil do
Governo de Mato Grosso.
Fonte: