Deputados
aprovam novos critérios para o ProJovem
23/05/2012
Depois
de a presidente Dilma Rousseff ter anunciado, há um ano, a suspensão do
Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem
Urbano) até reestruturá-lo através de medida provisória em novembro passado, o
governo do Estado volta a executá-lo nas próximas semanas. A Assembleia
Legislativa aprovou ontem, por 46 votos a favor e nenhum contrário, o projeto
do Executivo visando à contratação temporária de 266 servidores pelo período de
até 22 meses. São educadores, monitores, tradutores de libras, assistentes
pedagógicos e administrativos.
O
governo estadual já assinou com o Ministério da Educação o contrato de adesão
ao programa, que atenderá 4,4 mil jovens entre 18 e 29 anos, sem o ensino
fundamental completo, em 22 municípios com “maior concentração de pobreza”,
explicou a deputada Ana Affonso (PT), ao defender a aprovação do projeto na
tribuna. Em 18 meses, os jovens fazem supletivo, recebem qualificação
profissional em três opções - administração; construção e reparos; e operador
de telemarketing - e bolsa de R$ 100,00 mensais para custear despesas com
passagens. As escolas onde serão ministradas as aulas terão espaço com
monitores para cuidar dos filhos das mulheres inscritas no programa. As
crianças também receberão refeições enquanto as mães estudam.
De
acordo com a deputada petista, a criação de uma estrutura para as mães deixarem
seus filhos é uma das medidas instituídas pela presidente Dilma para evitar a
evasão. Ana Affonso explica que a decisão do governo estadual de fazer a
contratação temporária dos servidores que irão executar o programa também visa
impedir “um conjuntos de problemas” criados com a
desistência dos estudantes. “No governo anterior, o ProJovem começou com 4.400 alunos e terminou com
cerca de 1.200”, afirma. Por este motivo, a União não teria
pago o valor integral do convênio, pois muitas turmas deveriam ter sido
fechadas e os professores dispensados, o que não aconteceu. Parte dos
professores não foi paga, o que gerou um passivo trabalhista para o Estado.
Para
esta fase do ProJovem, a
contratação dos servidores e o restante dos custos do programa - R$ 13,4
milhões - ficam sob responsabilidade do governo federal, informa a parlamentar.
O
edital para a seleção pública será publicado nos próximos dias. “A adesão já
foi assinada e temos de cumprir prazos com o Ministério da Educação”,
preocupa-se a deputada. O projeto foi aprovado com uma emenda do deputado
Márcio Biolchi (PMDB) que prevê a publicação
semestral de relatório com prestação de contas dos recursos utilizados e do
número de alunos que frequentam os cursos.
Alexandre Leboutte
ANTONIO PAZ/JC
Fonte:
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=94064