Curso técnico faz a integração entre o Brasil e o Uruguai
31 de março de 2011
A uruguaia Silvana Ferreira, de 40 anos, acaba de ingressar em um curso técnico em seu país, convicta de que está cada vez mais perto da realização de um sonho que vem nutrindo desde a adolescência: trabalhar no Brasil. A razão dessa expectativa é que, ao término de seus estudos, receberá um certificado com validade nos dois países.
Isso é possível porque Silvana ingressou em um curso técnico binacional que faz parte do projeto Escolas Técnicas de Fronteira, capitaneado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, em parceria com o Instituto Federal Sul-rio-grandense e o Consejo de Educación Tecnico Profesional da Universidade del Trabajo Del Uruguay (CETP-UTU).
A iniciativa prevê a integração entre Brasil e Uruguai na área da educação profissional e vem sendo planejada desde 2006. A concretização deste trabalho teve inicio no dia 2 de março, quando começaram as aulas do curso técnico em informática para a internet, oferecido pelo campus avançado Santana do Livramento, do instituto.
Na última segunda-feira, 28, começaram as aulas do segundo curso previsto: técnico em controle ambiental. Coordenado pela Universidade do Trabalho do Uruguai (UTU), conta com 30 alunos matriculados e funciona na Escola Técnica Superior de Rivera. Assim como no curso ministrado no Brasil, 50% das vagas são destinadas a brasileiros e a outra metade para uruguaios. Serão quatro semestres de aulas e 240 horas de estágio.
A diretora da Escola Técnica Superior de Rivera, Maria Del Carmen dos Santos Farias, lembrou que a integração, já existente nas famílias, amizades, no comércio e nos clubes, está acontecendo, agora, também no ensino técnico profissional. “Compartilhar a mesma sala é um grande desafio, que nos enche de alegria”, declarou.
O diretor do campus avançado Santana do Livramento, Alessandro Lima, lembrou aos estudantes que eles estão fazendo parte de um momento marcante na história da educação profissional, e que, portanto, parte do sucesso vai depender deles. “Afinal trata-se de um projeto piloto, que servirá de referencial para outras iniciativas semelhantes em regiões de fronteira”, observou.
Assessoria de Imprensa do Instituto Sul-rio-grandense
Palavras-chave: educação profissional, institutos federais, Escolas Técnicas de Fronteira
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