Conteúdos do Enem ainda sem definição
20/05/2009
Habilidades que serão testadas foram aprovadas em todas as áreas. As matrizes do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – uma espécie de guia que orienta a elaboração das questões – foram divulgadas e bem recebidas por especialistas em educação. Os primeiros exemplos de testes devem ser divulgados em junho pelo Ministério da Educação. O que ainda continua incerto é a obrigatoriedade do exame a partir de 2010 no Estado. A primeira edição do Enem ocorrerá nos dias 3 e 4 de outubro.
Em reunião com membros do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), na semana passada, o ministro Fernando Haddad solicitou um estudo de viabilidade para que o Enem, além de ser a porta de entrada do Ensino Superior, se torne universal na rede pública. O pedido visa a garantir o acesso dos alunos concluintes do Ensino Médio aos locais de prova, já que o novo Enem, diferentemente da Prova Brasil, exame que é realizado em salas de aulas, será aplicado em datas e locais específicos.
Não vamos tirar da escola a incumbência da certificação do Ensino Médio. O Enem deverá orientar concurso para o magistério e o currículo referencial no Estado. A obrigatoriedade nem entrou na conversa com o ministro – afirma a secretária de Educação do Rio Grande do Sul, Mariza Abreu.
As quatro áreas do Enem orientarão a avaliação:
Integrante do comitê de governança, que reúne reitores e secretários de Educação que representam o Consed, a secretária Mariza descarta o uso do exame como condição para obter o diploma, mas disse que as quatro áreas de conhecimento do novo Enem (linguagem, ciências da natureza, ciências humanas e matemática) é consenso no país e passarão a orientar a avaliação de alunos e professores no Estado.
A matriz de habilidades foi aprovada, mas ainda não a referendamos de forma definitiva. Vamos estudar e podemos propor alterações, mas só para 2010, para não atrasar a aplicação do primeiro exame. Temos uma nova reunião em 1º de junho – disse a secretária.
Conforme ela, o Enem poderá servir como exame de certificação para estudantes de cursos de Educação de Jovens e Adultos. Atualmente, essa certificação (antigo supletivo) é feita por meio de uma avaliação própria, o Encceja.
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