Conferência vai
produzir política nacional de educação profissional
20/10/2006 18:31
O ensino técnico vai ganhar um impulso importante com a realização da 1ª
Conferência Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, de
Segundo o coordenador da conferência, Elias Vieira, a idéia é promover a
integração de todo o segmento, que atualmente desenvolve políticas de forma
desarticulada. “A integração vai possibilitar a troca de experiências, expansão
e conhecimento sobre as propostas pedagógicas de cada região”, explica.
A política nacional de educação profissional e tecnológica será produzida a
partir de 900 propostas apresentadas por todos os estados do País. Desde março
deste ano, foram realizadas conferências estaduais em todas as 27 unidades da
Federação para discutir o tema e elaborar propostas. Ao todo, esses encontros
reuniram dez mil pessoas e já começaram a promover a integração do setor.
Participarão da conferência nacional diretores, professores, alunos,
representantes da sociedade, sindicatos, organizações não-governamentais,
conselhos e o Sistema S, que integra Sesc, Senac, Sesi, Senai e Sebrae, entre
outras entidades. A expectativa é reunir 3.500 pessoas para debater os
seguintes temas: o papel da educação profissional no desenvolvimento nacional e
nas políticas de inclusão social; financiamento; organização institucional;
estratégias operacionais; e integração da educação profissional e ensino
básico.
Na avaliação do diretor do Centro Federal de Educação Tecnológica
de Pernambuco (Cefet-PE), Sérgio Gaudêncio Portela de Melo, a conferência
marcará um momento histórico para o setor. “A integração de todas as instâncias
para elaborar uma política de educação profissional demonstra que estamos
vivendo um momento relevante neste nível de ensino”, considera.
De acordo com o censo de 2005 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), existem 747.892 matrículas no ensino
técnico, dispostas em 3.230 instituições públicas e privadas.
Repórter: Flavia Nery