Com 20 unidades, EJA atende cerca de 3,5 mil
alunos de Angra
12/11/2010
A prefeitura
promoveu ontem (11) o V Encontro de EJA do Município de Angra dos Reis. O
seminário, realizado no Cefet, no Parque Mambucaba, foi organizado pela Secretaria de Educação,
Ciência e Tecnologia e contou com a parceria da Universidade Federal Fluminense
(UFF).
Centenas de
profissionais das unidades da Educação para Jovens e Adultos (EJA) de Angra dos
Reis participaram, incluindo os professores e os das equipes técnica e
pedagógica. O tema do encontro foram os "Desafios e perspectivas da
educação de jovens e adultos em Angra dos Reis".
O seminário
retomou discussões e reflexões sobre a modalidade de ensino, possibilitou a
troca de experiências entre os profissionais e contribuiu para as práticas
pedagógicas. Atualmente, Angra conta com 20 unidades da EJA, que funcionam nas
escolas municipais, e cerca de 3.500 alunos na modalidade.
- É um momento
significativo podermos nos reunir para refletir sobre nossas práticas em um
campo que nos desafia com tantas especificidades - disse a Subsecretária de
Educação, Neuza de Oliveira Fonseca, que representou a secretária de Educação,
Luciane Rabha. - Temos nos empenhado em consolidar
coletivamente diferentes formas de atender ao público de jovens, adultos e
idosos, oferecendo um ensino de qualidade - completou a subsecretária.
A primeira
palestra foi sobre "Legislação e políticas públicas de educação de jovens
e adultos", com Jane Paiva, professora da Uerj. Jane é referência no assunto em todo o país e
foi a primeira professora a fundar o primeiro fórum de
educação de jovens e adultos no Brasil. A segunda palestra foi sobre
"Diversidade do sujeito da EJA", com os professores Elionaldo Fernandes Julião,
professor da UFF de Angra dos Reis, e Marcos Antônio Chagas, professor do
Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (Iserj),
Universidade Estácio de Sá e Faculdade Souza Marques.
O EJA é uma
modalidade de ensino que equivale ao ensino fundamental, formando os alunos
para que possam ingressar no ensino médio. A duração mais comum para a formação
é de cinco anos, sendo o primeiro dedicado à alfabetização. Caso o aluno já
seja alfabetizado, a formação se dá em menos tempo. Em Angra, além da EJA de
cinco anos, há a unidade da Escola Municipal Cleuza Jordão, na Japuíba, cuja duração é de oito anos. Há ainda a EJA
Guarani, na aldeia indígena do Bracuí.
Cereja e Corujinha
Um outro tipo de EJA, que está em fase de implantação, é o
Centro de Referência em Educação de Jovens e Adultos (Cereja), que irá
funcionar no Balneário. Os diferenciais do Cereja são que ele irá funcionar
durante o dia e será voltado para a faixa etária de 15 aos 25 anos.
A Secretaria
de Educação tem ainda um projeto importante que está sendo elaborado e visa a
facilitar a vida das mães estudantes da EJA. É o projeto Corujinha. Através
dele, as alunas que têm filhos mas não têm com quem
deixá-los durante as aulas poderão levá-los a um local apropriado e sob
cuidados adequados.
- O Corujinha
não é uma creche. É uma forma que estamos buscando de prestar atendimento a
mães que estão nessa situação, já que observamos que muitas delas, por não
terem com quem deixar seus filhos, levam-nos para a sala de aula - esclareceu
Neuza.
Angra dos Reis
Fonte:
http://diariodovale.uol.com.br/noticias/4,31272.html#axzz1C9TGnyUk