Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica   Nº 129 - 20 a 26 de fevereiro de 2006

 

Cefet-Química transforma em samba vida de 140 jovens

 

O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Química de Nilópolis, parceiro do Grêmio Recreativo Escola de Samba Beija-Flor no projeto Escola de Fábrica, está transformando a vida de 140 estudantes no Rio de Janeiro. Ambos mantêm sete cursos de iniciação profissional relacionados ao Carnaval: carpintaria, chapelaria, confecção de adereços, costura, escultura, pintura artística e serralheria.

A proposta da parceria entre o Cefet e a Beija-Flor no projeto é a de oferecer a esses alunos o suporte necessário para o ingresso num mercado promissor. Eles atuam nas "fábricas" do samba e formam uma nova categoria do mercado formal de trabalho.

Em todo o Brasil, foram investidos R$ 25 milhões na execução do programa no ano passado. Para 2006, a previsão é de mais R$ 54 milhões. A meta é formar 40 mil jovens com renda per capita de, no máximo, 1,5 salário mínimo até o final deste ano. No projeto firmado entre o Cefet-Química e a Beija-Flor, foram investidos R$ 210 mil em 2005 - R$ 30 mil para cada curso -, além de R$ 126 mil em bolsas de estudos. Cada estudante recebe R$ 150 mensais durante seis meses. A expectativa para este ano é que cinco cursos sejam criados, três para a indústria do Carnaval - laminação e modelagem em fibra, logística de barracão e maquiagem - e dois, em parceria com o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Far-Manguinhos), na área da indústria farmacêutica.

Na fábrica da Beija-Flor, o futuro desses jovens está se transformando em realidade, acredita o diretor do Cefet, Luiz Edmundo Vargas de Aguiar, pois sua formação garantirá a possibilidade de atuação em diferentes segmentos da indústria cultural, como por exemplo na confecção de cenários e figurinos para TV e teatro e produção de espetáculos, entre outros.

Atualmente, como esclarece Luiz Edmundo, o Cefet-Química estuda a possibilidade de certificar os funcionários da escola de samba que atuam há, pelo menos, 20 anos na mesma linha de produção. Na mesma perspectiva de inclusão, analisa-se, ainda, a viabilidade de criar um curso destinado a jovens e adultos para atender esse segmento de trabalhadores.

FONTE:

http://www.mec.gov.br/news/boletim_semtec.asp?edicao=99