ANA PAULA LEITE CASTILHO. A COMPLEXIDADE DA AVALIAÇÃO FORMATIVA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS TRABALHADORES. 01/10/2004

 1v. 180p. Mestrado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - EDUCAÇÃO

 Orientador(es): Antonia Vitória Soares Aranha

 Biblioteca Depositaria: BIBLIOTECA DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UFMG

 

Palavras - chave:

 COMPLEXIDADE, AVALIAÇÃO JOVENS E ADULTOS

 

 Área(s) do conhecimento: EDUCAÇÃO

 

Banca examinadora: 

 MIGUEL GONZÁLEZ ARROYO

 

Linha(s) de pesquisa: Sociedade, Cultura e Educação  Centra-se no estudo da const. de sujeitos, movimentos sociais e inst. educac. a partir das perspectivas sociológica, antropológica, psicologógica e histórica de investiação.

 

 Agência(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertação: CAPES

 

 Dependência administrativa

  Federal

 

 

Resumo tese/dissertação:

Este estudo constitui uma análise da avaliação formativa na educação de jovens e adultos trabalhadores, tendo como campo de pesquisa um projeto de EJA de uma escola pública de Belo Horizonte. Adotamos a abordagem qualitativa para a coleta dos dados, procurando, inicialmente, sistematizar o projeto pedagógico em que a prática avaliativa está ancorada. Buscamos alguns dados que pudessem nos fornecer um perfil atualizado dos alunos, no qual destacamos o mundo do trabalho como espaço de formação privilegiado dos mesmos. Retomamos o mundo do trabalho, suas transformações e seu caráter contraditório para apontar a necessidade de problematizá-lo. Consideramos importante a articulação EJA, trabalho e avaliação, considerando os saberes dos alunos que são adquiridos/produzidos no trabalho, em que se torna possível a valorização da subjetividade do trabalhador. Na experiência pesquisada, o mundo do trabalho não se constitui como um eixo que norteia o projeto de EJA. Por isso, trouxemos dados que nos mostram a riqueza de conhecimentos que os alunos trazem desse importante espaço formativo, e que se fossem incorporados à proposta da escola a tornaria ainda mais significativa. A avaliação seria a forma de legitimar tais conhecimentos, valorizando os sujeitos e contribuindo para a sua afirmação enquanto sujeitos sócio-culturais-políticos. A avaliação que identificamos nesse estudo está caminhando para um modelo qualitativo, o que representa a atual tendência na educação, buscando um olhar mais amplo voltado aos alunos. Os desafios ainda são muitos e podemos destacar os que se referem à própria concepção de avaliação, às práticas formais de avaliação, que carece de instrumentos mais dinâmicos e que contemplem os saberes não formais. Além disso, é um processo que, em alguns momentos, gera ansiedade e tensão nos alunos. Consideramos que a escola tem conseguido avanços na construção da avaliação formativa, na qual destacamos aqueles que privilegiam a participação do aluno no processo de avaliar o projeto, os professores e a si mesmo, podendo definir sua certificação. A voz do aluno e sua capacidade argumentativa são motivadas como formas de ressignificar seus saberes, de ter uma leitura crítica do mundo e de si mesmos e de se inserir em diversos espaços de uma maneira mais atuante.