Samuel Pereira Campos. Práticas de Letramento no Meio Rural Brasileiro: A Influência do
Movimento Sem Terra
1v. 168p.
Doutorado. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - LINGÜÍSTICA APLICADA
Orientador(es): ANGELA DEL
CARMEN BUSTOS R. DE KLEIMAN
Biblioteca Depositaria: Biblioteca Central
Email do autor:
samuel@iel.unicamp.br
Palavras
- chave:
Letramento; Formação
do Professor; Movimento sem Terra.
Área(s)
do conhecimento: LINGÜÍSTICA APLICADA
Banca
examinadora:
Maria Antonia de Souza
Linha(s)
de pesquisa:
Leitura, Aquisição de Escrita e Letramento Investigações em torno da psicogênese
da escrita, da produção de textos em língua materna, segunda língua e língua
estrangeira, bem como das práticas de letramento em
situações cotidianas.
Agência(s)
financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertação:
Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico
Dependência
administrativa: Estadual
Resumo
tese/dissertação:
Nesta tese, discutimos a influência do Movimento Sem Terra
(MST), entendido como uma comunidade discursiva, que atua institucional e
intencionalmente na formação dos trabalhadores rurais brasileiros. Focalizamos
nossa discussão nas práticas de letramento
construídas em uma escola pública de assentamento de reforma agrária, que nos
revelam o projeto de letramento Sem Terra em conflito
com o projeto escolar oficial, construído na escola pesquisada a partir de sua
institucionalização. A escola pesquisada e os sujeitos que a compõem apresentam
práticas de letramento relacionadas a dois projetos
em disputa na escola, caracterizados como projeto de letramento
emancipatório e projeto de letramento
escolar, a partir da perspectiva dos “novos estudos lingüísticos”. Desse lugar,
caracterizamos o projeto de educação Sem Terra como um projeto de letramento ideológico, situado, emancipatório
(Street, 1984, 1995; Barton,
1998; Freire, 1978, 1987, 1995), dado seu caráter político e de inclusão ao
mundo letrado, e discutimos sua influência nas práticas de letramento
construídas em uma escola de assentamento de reforma agrária, focalizando salas
de aula de duas professoras de Língua Portuguesa, que expressam práticas
representativas dos projetos em disputa na escola.