Samuel Pereira Campos. Práticas de Letramento no Meio Rural Brasileiro: A Influência do Movimento Sem Terra em Escola Pública de Assentamento de Reforma Agrária.. 01/10/2003

1v. 168p. Doutorado. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - LINGÜÍSTICA APLICADA

Orientador(es): ANGELA DEL CARMEN BUSTOS R. DE KLEIMAN

Biblioteca Depositaria: Biblioteca Central

 

Email do autor:

 samuel@iel.unicamp.br

 

Palavras - chave:

 Letramento; Formação do Professor; Movimento sem Terra.

 

Área(s) do conhecimento: LINGÜÍSTICA APLICADA

 

Banca examinadora: 

 Maria Antonia de Souza

 

Linha(s) de pesquisa:

 Leitura, Aquisição de Escrita e Letramento  Investigações em torno da psicogênese da escrita, da produção de textos em língua materna, segunda língua e língua estrangeira, bem como das práticas de letramento em situações cotidianas.

 

Agência(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertação:

  Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

 

Dependência administrativa: Estadual

 

Resumo tese/dissertação:

 

Nesta tese, discutimos a influência do Movimento Sem Terra (MST), entendido como uma comunidade discursiva, que atua institucional e intencionalmente na formação dos trabalhadores rurais brasileiros. Focalizamos nossa discussão nas práticas de letramento construídas em uma escola pública de assentamento de reforma agrária, que nos revelam o projeto de letramento Sem Terra em conflito com o projeto escolar oficial, construído na escola pesquisada a partir de sua institucionalização. A escola pesquisada e os sujeitos que a compõem apresentam práticas de letramento relacionadas a dois projetos em disputa na escola, caracterizados como projeto de letramento emancipatório e projeto de letramento escolar, a partir da perspectiva dos “novos estudos lingüísticos”. Desse lugar, caracterizamos o projeto de educação Sem Terra como um projeto de letramento ideológico, situado, emancipatório (Street, 1984, 1995; Barton, 1998; Freire, 1978, 1987, 1995), dado seu caráter político e de inclusão ao mundo letrado, e discutimos sua influência nas práticas de letramento construídas em uma escola de assentamento de reforma agrária, focalizando salas de aula de duas professoras de Língua Portuguesa, que expressam práticas representativas dos projetos em disputa na escola.