Campanha do Brasil Alfabetizado atrai a atenção da população

18/08/2004 19:34

 

O Brasil reforça a luta contra o analfabetismo propondo e implementando ações concretas para permitir a inclusão social e educacional de milhares de cidadãos brasileiros. Na última semana, o Ministério da Educação deflagrou na mídia eletrônica uma campanha institucional com dois filmes sobre o programa Brasil Alfabetizado. Participam dela apresentadores de televisão, principalmente de programas de auditório. Com a orientação do MEC, eles tratam do problema do analfabetismo no Brasil e pedem que o cidadão que sabe ler e escrever seja um mediador para aqueles que não tiveram a oportunidade de estudar.

 

A resposta do público à campanha tem sido muito grande. A central telefônica do MEC para atendimento ao cidadão - Fala, Brasil (0800-616161) -, em apenas dois dias desta semana, recebeu mais de dez mil chamadas solicitando esclarecimentos sobre o assunto.

Analfabetismo - Por quase quatro décadas os governantes brasileiros assistiram impassíveis ao vexatório aumento do número de analfabetos no País. As últimas ações do governo nesse sentido ocorreram na década de 1960, com o extinto programa Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), criado em dezembro de 1967, que propunha a alfabetização funcional de jovens e adultos. Hoje, os dados revelam que o analfabetismo atinge quase 20% da população brasileira. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o País tem 169.799.170 milhões de brasileiros. Destes, 33 milhões são analfabetos funcionais, aquelas pessoas que não completaram quatro anos de estudo. Sessenta e cinco milhões de pessoas não terminaram o ensino fundamental. Dentro deste contingente, 16 milhões de pessoas, com idade acima de 15 anos, são analfabetas.

 

O atual governo criou o Brasil Alfabetizado para servir de porta de entrada e de integração à escola a todos aqueles que estão fora do sistema de ensino. O programa está fazendo parcerias com estados, municípios, universidades, empresas privadas, organizações não-governamentais (ONGs), organismos internacionais e instituições civis como forma de potencializar o esforço nacional de combate ao analfabetismo. O programa, articulado com a Educação de Jovens e Adultos (EJA), fortalece políticas que estimulam a continuidade nos estudos e a reinserção nos sistemas de ensino.

 

Espaços - Conforme destacou o diretor da Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Tymothy Ireland, o programa está oferecendo espaços para a alfabetização por vários meios. “Nos municípios, as secretarias municipais estão envolvidas oferecendo salas de aula para alfabetização, algumas escolas estaduais também e outros parceiros como OGNs, movimentos populares, associações, igrejas. Todos estão se mobilizando e procurando ajudar nesse grande processo que é a alfabetização”, disse.

 

O jovem adulto que ainda não aprendeu a ler e escrever deve procurar informações por meio do telefone do Fala, Brasil para saber onde há aulas no seu município, ou ir até a prefeitura ou secretaria de Educação de sua cidade e descobrir quem está oferecendo salas de aula para a educação de jovens e adultos, e onde ele pode se inscrever. Em muitos municípios estão sendo implantadas novas salas de aula para esse fim. As aulas começam já em agosto ou, no mais tardar, no mês de setembro.

 

 

Repórter: Sonia Jacinto  

 

FONTE: http://www.mec.gov.br/acs/asp/noticias/noticiasDiaImp.asp?id=6725