Giovana Azzi de Camargo. “A tensão entre o oral e o escrito na alfabetização de jovens e adultos: um estudo/ um olhar". 01/03/2006

 3v. 115p. Mestrado. UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO - EDUCAÇÃO

 Orientador(es): Elizabeth dos Santos Braga

 Biblioteca Depositaria: Biblioteca Santa Clara

 

 

Palavras - chave:

 Oralidade, Escrita, Alfabetização de Jovens e Adultos

 

 Área(s) do conhecimento: EDUCAÇÃO

 

 Banca examinadora: 

 Enid Abreu Dobranszky

 

 Marta Kohl de Oliveira

 

 

Linha(s) de pesquisa: Linguagem, Discurso e Práticas Educativas  A linha desenvolve pesquisa sobre questões relacionadas à linguagem, aos diferentes tipos de discurso e às práticas educativas. Os trabalhos produzidos abordam temas tais como: a leitura e as teorias da interpretação; leitura e produção textual no context

 

 

Agência(s) financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertação: CAPES - DS

 

 

Dependência administrativa

  Particular

 

Resumo tese/dissertação:

 O presente trabalho discute como a oralidade é considerada na alfabetização de jovens e adultos, enfocando a relação desta com a escrita. Nesse sentido, nos perguntamos: Como essa relação se constitui em uma sala de aula destinada à alfabetização ? Que indícios da tensão entre a escrita e a oralidade podemos depreender da observação dessas aulas? De que forma o professor considera as falas dos alunos no processo de alfabetização? Para isso, foi realizada uma pesquisa de campo, numa sala de primeira etapa do Programa de Educação de Jovens e Adultos, de uma rede municipal de ensino, no interior do Estado de São Paulo, através da observação das aulas e de entrevistas com as professoras e os alunos, seguindo os princípios teórico-metodológicos da etnografia e da análise microgenética. A pesquisa se pauta nas contribuições de estudiosos que consideram a linguagem como constitutiva do humano (Vigotski, Bakhtin); nas discussões sobre a relação entre oralidade e escrita (Havelock, Ong, Barthes e Marty, Zumthor, Marcuschi), sobre letramento e oralidade como práticas sociais (Marcuschi, Kleiman, Soares, Tfouni, Oliveira); em considerações sobre a presença da oralidade na escola (Belintane, Marcuschi) sobre a importância da palavra no processo educativo (Freire) e da alfabetização como processo discursivo e significativo (Vigotski, Smolka). Nossas análises, ancoradas nas elaborações de Vigotski e Bakhtin, bem como de autores que discutem a questão da oralidade em uma sociedade letrada, problematizam a consideração da oralidade no processo de alfabetização em sala de aula. Como é feito o trabalho com o gênero oral? De que forma as falas dos alunos são consideradas? Na reescrita de textos, como a participação dos alunos é incorporada? Tendo isso em vista, enfocamos também a primazia do texto escrito no processo de alfabetização e as concepções de aluno, de analfabeto, de apropriação do conhecimento que norteiam o trabalho do professor.