Portal
Último Segundo, 13/12/2005
Brasil Alfabetizado completa três anos com mais
de 5,2 milhões de beneficiados, revela diretor
Ivan
Richard
Brasília - O programa Brasil Alfabetizado,
voltado para aumentar a escolarização de jovens e adultos, deve fechar este ano
com um acumulado de 5,2 milhões de pessoas atendidas desde sua criação, em
2003. A informação é do diretor de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria
de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad)
do Ministério da Educação (MEC), Timothy Ireland. "Pretendemos atender mais 2 milhões em 2006.
Calculamos que até o final do ano que vem, serão mais de 7 milhões de jovens e
adultos atendidos", afirmou.
No último sábado (10), cerca de 3 mil jovens e
adultos receberam certificados de conclusão do curso de alfabetização. Foi o
encerramento da segunda turma do projeto de erradicação do analfabetismo Rede
Cidadã Trinacional. O programa é coordenado pelo
Parque Tecnológico de Itaipu e conta com parceiros como a usina hidrelétrica de
Itaipu, Sesi, Fundação Banco do Brasil, Rotary Club, prefeituras municipais da região e outras entidades. Ireland destacou a importância das parcerias do poder
público com a sociedade civil para o Brasil Alfabetizado. "Essencialmente,
o Brasil Alfabetizado é um programa de parcerias que depende do compromisso e
do envolvimento dos parceiros. O exemplo de Foz (Foz do Iguaçu) mostra o
envolvimento do setor produtivo com os governos locais e outras entidades como
Sesi e Rotary (Club)".
Segundo Ireland, as
empresas estatais têm apoiado principalmente na confecção de material de
leitura. Um dos grandes desafios, disse o diretor, é preparar material didático
específico para esse público que está concluindo o programa. "A
participação dessas empresas é super bem-vinda e muito importante porque mostra
o lado da responsabilidade social das instituições. Elas, como extensão do
governo federal, mostram que a necessidade de educação e alfabetização é
intersetorial", disse.
O desafio de erradicar o analfabetismo exige a
ação articulada de todos os níveis de governo e da sociedade civil, afirmou Ireland. "Essa participação das empresas estatais é
mais um elemento importante porque dá um exemplo para outras empresas",
completou. O diretor citou um exemplo o estado do Ceará, onde em 2005 mais de
200 mil jovem e adultos estiveram em salas de aulas. "O interesse de
vários parceiros como Sesi e a CUT, mostra que há uma certa sinergia, uma
compreensão da importância desse momento para o enfrentamento do analfabetismo
no Brasil, que exige uma ação articulada. Não é uma questão que será resolvida
apenas pelo governo federal, exige uma atitude entre as várias instancias de
governo e da sociedade civil", lembrou Ireland.