Branca
Maria de Meneses. Juventude, Trabalho e Formação: um estudo com jovens das
camadas populares. 05/03/2007
1v.
154 p. Doutorado. PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO. PROGRAMA DE PSICOLOGIA SOCIAL
Orientador(es):
José Leon Crochik
Biblioteca Depositaria: Biblioteca Digital PUC
Palavras-
chaves:
Juventude;
formação; trabalho; sociedade e adaptação.
Área(s) de
conhecimento: Psicologia Social
Banca examinadora:
JOSÉ LEON CROCHIK
WOLFGANG LEO MAAR
MARIA DO CARMO GUEDES
SYLVIA LESER DE MELLO
BADER BURIHAN SAWAIA
Linha(s) de
pesquisa:
Não foi informado
pela autora no trabalho
Agência(s)
financiadora(s) do discente ou autor tese/dissertação: CNPq
Dependência administrativa
Privada
Resumo tese/dissertação:
A apreensão de
valores concernentes à relação entre formação e trabalho, sob a ótica de jovens
estudantes e trabalhadores das camadas populares, é o tema de investigação
desta tese. Com o interesse em compreender o significado atribuído a essa
relação, objetivou-se verificar as possíveis formas de expressão de autonomia desses
jovens ou o quão estão adaptados às normas estabelecidas pela sociedade. A
população da pesquisa é composta por jovens de 15 a 17 anos de idade,
participantes, durante o ano de 2006, do Programa de Formação Profissional, no
Instituto Mirim de Campo Grande-MS. Dessa população, foi extraída uma amostra
de duzentos jovens, com base na Escala Formação e Trabalho, elaborada de acordo
com o método de Likert e validada pela autora. Os
temas que fazem parte desse instrumento estão subdivididos em quatro subescalas:
concepção de trabalho; atitudes valorizadas no trabalho; valor dado à educação
escolar e ao trabalho; adaptação à ideologia do mundo administrado. Os
conteúdos que orientam as questões das subescalas propostas foram estabelecidos
e fundamentados em estudos de autores da teoria crítica da sociedade, bem como
em pesquisas que abordaram os conceitos de juventude, trabalho e formação. Os
resultados obtidos confirmaram a hipótese de que os sujeitos da pesquisa, ao
responderem os itens acerca da relação entre formação e trabalho manifestaram,
em suas escolhas, a prevalência de valores que indicam concordância à lógica
administrada pelo capital. Contudo, não se comprovou a hipótese de que os
jovens creditam mais valor à formação decorrente das experiências vividas no
trabalho, do que àquela obtida na formação escolar. De um modo geral, é
possível afirmar, ainda que haja, inequivocamente, o peso das contradições no
pensar do jovem, que há atitudes indicativas de reservadas resistências, no
sentido de haver contraposições e, ao mesmo tempo, concordância com os valores
do sistema social dominante