Baixa escolaridade afeta empregos de jovens da América
Latina
Cepal discute promoção do trabalho decente e
oportunidades de novos empregos para os jovens da região em encontro no Peru;
apenas 32,4% das mulheres da América Latina com até três anos de escolaridade
tem emprego
Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York
Portal ONU, 10/02/2010
Quanto mais baixo o nível educacional de jovens, menor será o acesso a empregos de qualidade e de alta produtividade, particularmente entre as mulheres. A afirmação foi feita pelo secretário-executivo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, Cepal, Antonio Prado, durante encontro em Lima.
Escolaridade - Prado participa do 2º Fórum América Latina e Caribe - União Europeia, que termina nesta quarta-feira no Peru. O encontro de três dias reúne especialistas, ministros, representantes de governo e de organizações internacionais para discutir a promoção do trabalho decente e oportunidades de novos empregos para os jovens. O secretário-executivo da Cepal lembrou que apenas 32,4% das mulheres da região com até três anos de escolaridade tem emprego. O índice sobe para 53% quando elas tem educação primária e secundária completa. Segundo Antonio Prado, a relação entre escolaridade e nível de pobreza é parecida. Quase 25% dos jovens mais pobres da região não são economicamente ativos nem trabalham. Entre os ricos, apenas 7% estão na mesma situação. Investimentos - A fraca inserção no mercado de trabalho traria várias consequências, como baixa renda, desigualdade, transmissão de pobreza, má utilização de recursos investidos na educação e desintegração social. O secretário-executivo da Cepal pediu mais investimentos em educação e capacitação de trabalho e medidas como ampliação das matrículas e aumento de jornada escolar para o nível primário. As conclusões e recomendações do Fórum no Peru serão entregues aos chefes de Estado e governo que participam de encontro em Madri em maio.