Brasil Alfabetizado chega a 5,5 milhões de alunos

30/12/2005 11h30

 

Balanço Secad

A expansão do programa Brasil Alfabetizado foi destaque da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) em 2005. Graças a uma movimentada agenda de convênios com estados, municípios e a sociedade civil, foi possível atender dois milhões de brasileiros, ampliando para 5,5 milhões o número desde 2003.

O secretário Ricardo Henriques também comemora a mudança do quadro institucional de financiamento. “Saímos de opções segmentadas e regionalizadas, que criavam recortes artificiais no financiamento federal, para uma cobertura universal que atinge todos os alunos inscritos no Censo Escolar”, diz.

 

Além da cobertura universal, os alunos contam com uma estrutura mais consistente de aprendizado, já que após a alfabetização, são incentivados a continuar os estudos na rede pública de educação de jovens e adultos (EJA). O MEC financia esta continuidade através do programa Fazendo Escola, que repassa recursos para os governos estaduais e municipais. 

 

Escolas indígenas – Devido a um intenso trabalho realizado em 2005, o MEC vai transferir mais de R$ 11 milhões a estados e municípios em 2006. A medida permitirá a construção de 200 escolas indígenas em 69 cidades, além da criação de 11 mil vagas nas aldeias. Todos os estados serão atendidos.

 

Atualmente, são 164 mil alunos indígenas, sendo que 104 mil estão entre 1ª e 4ª série. Da 5ª à 8ª, o total cai para 24 mil, e no ensino médio, para quatro mil. A maior parte do dinheiro será destinado à construção de escolas da segunda etapa do ensino fundamental. O objetivo é tentar corrigir esses gargalos.

 

Escola Aberta – Também evoluiu bastante. Desenvolvido em mais de mil escolas de seis regiões metropolitanas, o programa atua em áreas de alta vulnerabilidade social, é dedicado à juventude e abre a escola à comunidade nos fins de semana. “Muitas oficinas dessas escolas têm orientação nacional. Temos a mesma qualidade de intervenção em todas as escolas do programa”, afirma o secretário.

 

Diversidade – Outro ponto em destaque, este ano, foi a Lei nº 10.639, que determina a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura africana e afro-brasileira. Em 2005, a Secad criou uma linha de financiamento para 17 Núcleos de Estudo Afro-Brasileiros (Neabs), para que os pesquisadores desenvolvam material didático e metodologia de formação de professores, com base na lei.

 

A Secad desenvolveu módulo de formação com cinco mil professores. Expandido, o módulo inicia 2006 com mais de 45 mil professores que serão formados a distância nas novas disciplinas.

 

Educação em presídios - Em 2005, o MEC e o Ministério da Justiça também fizeram articulação inovadora para dar educação à maioria dos jovens do sistema prisional. Os dois ministérios definiram uma agenda para sete estados, que atinge cerca de 42 mil presos e mais de três mil agentes penitenciários. A agenda prevê a alfabetização e educação de jovens e adultos nas prisões.

 

Repórter: Sonia Jacinto

 

FONTE: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=content&task=view&id=3909&FlagNoticias=1&Itemid=4052