Avanço do ensino tecnológico
O Povo, 26/07/2008 - Fortaleza CE
O diferencial dos IFE´s é que sua proposta pedagógica é integradora, visando atender demandas e vocações das regiões onde ficarão instalados .
Ainda este ano
o Governo Federal estará enviando ao Congresso Nacional um Projeto de Lei
propondo a implantação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e
Tecnologia (IFET´s), em substituição aos atuais
Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefet´s). A mudança, porém, não se
trata apenas de nomenclatura. A idéia é transformar essas escolas em unidades
de ensino de excelência, dotando-as de estrutura multicurricular e multicampi.
Já há na comunidade acadêmica quem considere a iniciativa como a grande
novidade nos últimos 50 anos na área de ensino no Brasil. O Ceará será
contemplado através da proposta do IFET com sete novas unidades em duas fases.
A primeira já permitiu a implantação em novembro do ano passado de um Cefet
Mas o Ceará
está indo além da expansão do resto do Brasil. Graças a emendas da bancada
federal no Congresso Nacional no valor de R$ 18,25 milhões os IFE´s no estado contarão com 10 unidades de extensão
ampliando consideravelmente a cobertura de seus serviços educacionais. Isso
permitirá a incorporação das escolas agrotécnicas federais de Crato e Iguatu.
Com isso o Instituto do Ceará nasce como um dos mais importantes do Nordeste,
devendo receber em suas unidades até 2010, cerca de 21
mil alunos. Hoje são 7.500 estudantes nas salas de aula do Cefet. O grande
diferencial dos IFE´s é que sua proposta pedagógica é
integradora, visando atender as demandas e vocações das regiões onde ficarão
instalados. Em Quixadá, por exemplo, será criado o curso Técnico
A proposta de ampliação do ensino tecnológico no Ceará surge portanto em momento propício para aproveitar as potencialidades locais através da educação direcionada. Ações nesse sentido, portanto, tem que incentivadas. Temos hoje no estado índices sofríveis quanto aos indicadores educacionais e resolver esse problema não é fácil. Mas é importante que se possa oferecer opções viáveis de aproveitamento desses jovens a partir de suas vocações. A expansão dos IFEs, então, acontece em boa hora, justo no momento em que o país caminha para o desenvolvimento econômico e requer cada vez mais mão-de-obra qualificada para assumir os postos de trabalho que começam a surgir. O interessante é que isso só foi possível após a revogação de uma lei do governo anterior que impedia a criação de novas escolas técnicas no Brasil.