Auditor indica falhas no órgão que faz o Enem
27/07/2011
O Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação, dispensa
licitações sem respaldo legal e sua área de tecnologia da informação não está
preparada para lidar com situações de risco, como o vazamento de dados dos
alunos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). São as duas
principais constatações de auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) no
órgão, à qual a reportagem teve acesso. Segundo o relatório preliminar,
referente a 2010, 50% dos valores dos contratos do instituto firmados foram
feitos sem licitação - a cifra correspondente chegou a R$ 172,3 milhões, de um
total de R$ 344,8 milhões. A Lei 8.666/93
(Lei das Licitações) prevê a dispensa de licitação em certas condições, como na
"contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou
estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento
institucional", subterfúgio usado pelo Inep para
justificar a fuga ao procedimento. "Entretanto, os serviços contratados
não se enquadram como atividades de pesquisa, ensino e desenvolvimento
institucional daquela instituição", diz a CGU. A assessoria do Ministério
da Educação (MEC) respondeu à reportagem que o Inep
optou pela dispensa de licitação "por entender que as citadas contratações
preenchem todos os requisitos necessários ao atendimento das formalidades
previstas" na Lei de Licitações.
Segundo o MEC, os documentos relativos ao tratamento de segurança da informação "estão finalizados" de acordo com as normas do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República e será constituído um comitê de segurança da informação do Inep. Quanto aos riscos operacionais nos processos de avaliação, disse que o Inep contratou a empresa Módulo Security com o objetivo de "mapear e identificar requisitos mandatórios de segurança". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
UOL Educação