As melhores notas são dos centros de Santa Catarina, Rio Grande do
Norte e Bambuí
10/09/2008 15:44:12
Professores bem qualificados, trabalho em equipe e
laboratórios para aulas práticas estão entre os itens que destacaram três
centros federais de educação tecnológica (Cefet) num
grupo de 131 centros universitários avaliados pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
No Índice Geral de Cursos (IGC), que mede a qualidade da graduação, mestrado e
doutorado, os Cefets de Santa Catarina, do Rio Grande
do Norte e de Bambuí,
Com o maior
quadro de doutores entre os três centros com melhor classificação no IGC – são
74 professores com doutorado –, o Cefet de Santa
Catarina tem na qualificação dos seus profissionais um dos trunfos que lhe
conferiram o primeiro lugar, com 380 pontos, numa escala de zero a 500.
Na
avaliação da diretora do Cefet, Consuelo Sielski Santos, não só a qualificação permitiu alcançar o
bom resultado, mas, principalmente, “o trabalho em equipe, que é muito forte na
instituição”. Consuelo destaca outros fatores decisivos: as práticas
pedagógicas, os laboratórios e o apoio do governo federal para dotar o centro
de infra-estrutura e transformá-lo
Criada em
1909, e transformada em Cefet em
Hoje a instituição
tem seis unidades. A sede fica em Florianópolis (ilha) e as unidades em
Coqueiros e São José (região metropolitana), Joinville e Jaraguá (norte do
estado), Chapecó (oeste) e Araranguá (sul). No
projeto de expansão da rede federal tecnológica, o Cefet
de Santa Catarina terá mais seis unidades: Itajaí, São Miguel do Oeste,
Canoinhas, Lages, Criciúma e Gaspar. No final de 2009 está prevista a
inauguração de uma unidade em Palhoça (região metropolitana de Florianópolis)
que vai trabalhar exclusivamente com formação inicial, continuada e
pós-graduação em língua brasileira de sinais (Libras) e
português.
Cefet Rio Grande do Norte - Com 366 pontos, a segunda maior
pontuação, o Cefet do Rio Grande do Norte apresenta
uma série de itens que justificam a qualidade da educação ministrada. De acordo
com o diretor da instituição, Belchior de Oliveira Rocha, não existe um
segredo, mas uma série de decisões, compromissos e práticas acadêmicas.
Belchior destaca como item número um a qualificação dos professores e dos técnicos
que trabalham no centro. Dos 500 professores, 255 têm pós-graduação e os demais
têm especialização. Para concorrer à vaga de professor substituto, o título
mínimo exigido é de mestre na área de trabalho.
Pelo menos
seis outros itens contribuem para a boa nota no IGC: laboratórios que dão
suporte aos cursos; trabalho da equipe pedagógica junto a professores,
servidores e estudantes; projeto político-pedagógico dirigido ao atendimento da
realidade estadual; avaliação institucional anual; empenho do corpo docente;
pesquisa, extensão e produção científica.
O Cefet Rio Grande do Norte tem 15 mil alunos, sendo 8 mil em
cursos regulares, de graduação e pós-graduação, e os demais em cursos técnicos
e de formação inicial e continuada. A graduação tem 11 cursos – oito de
tecnologia e três de licenciatura e quatro cursos de pós-graduação – em
licenciamento ambiental, gestão ambiental, educação de jovens e adultos e
educação profissional e tecnológica. Trabalham no Cefet
500 professores, dos quais 55 têm doutorado, 200 têm mestrado e os demais com
especialização na área em que atuam.
Com 99 anos de
história, mas transformado em Cefet em 1999, o centro
tem a sede e uma unidade em Natal e unidades em Ipanguaçu,
Mossoró e Currais Novos. O plano de expansão da rede federal tecnológica
promovido pelo governo federal prevê a construção de mais seis unidades no
interior do estado – Macau, Apodi, Pau de Ferros, Caicó, Santa Cruz e João Câmara.
Bambuí – Está no centro-oeste de Minas Gerais, no limite
com o triângulo mineiro, o Cefet Bambuí,
uma escola de pequeno porte, mas que se destacou na avaliação do Inep pela qualidade da educação que oferece. O centro tem
2.400 alunos em cursos técnicos, nove cursos superiores e três especializações,
além de cursos de formação continuada de educação profissional integrada para
jovens e adultos.
Os cursos
superiores de tecnologia são nas áreas de alimentos, gestão
em turismo, análise e desenvolvimento de sistemas, informática aplicada ao agronegócio, administração de pequenas e médias empresas,
zootecnia e agronomia. Lecionam em Bambuí, que é a
sede, e na unidade de Formiga, 105 professores, dos quais 20 têm títulos de
doutores. De acordo com o diretor do Cefet,
Washington Santos Silva, a maioria dos professores da instituição está em
cursos de mestrado ou fazendo doutorado. Para ele, a qualificação do corpo
docente explica parte do sucesso obtido pela escola nas avaliações do Inep. Contribuem também as aulas práticas intensivas na
maioria dos cursos, especialmente nas ciências agrárias.
Washington diz
que para melhorar a pontuação será preciso ter mais laboratórios para as
licenciaturas de física, zootecnia, agronomia e computação. Mas as carências,
explica, não diminuíram o entusiasmo dos profissionais e alunos da escola. “O
empenho é tanto que somos capazes de tirar água de pedra”, diz. O Cefet Bambuí obteve 358 pontos e
é o terceiro entre 131 centros universitários avaliados.
IGC - Na
segunda-feira, 8, o Inep divulgou o Índice Geral de
Cursos (IGC) de 173 universidades, 131 centros universitários e 1.144
faculdades isoladas e integradas. Os valores vão de zero a 500 e as faixas de
um a cinco. O Inep usou, para o cálculo do indicador,
a média dos Conceitos Preliminares de Cursos (CPCs) da instituição (componente relativo à graduação)
e o conceito fixado pela Capes para a pós-graduação. A média dos conceitos dos
cursos é ponderada, de acordo com o número de matrículas dos alunos na
graduação, mestrado e doutorado.
Ionice Lorenzoni
Fonte:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=11227