FRANCISCA ELENIR ALVES. Mulheres trabalhadoras, sim. Alunas, por que
não? Estudo sobre gênero, trabalho e educação na Bahia..
01/03/2006
1v. 141p. Mestrado. UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - EDUCAÇÃO
Orientador(es): CANDIDO ALBERTO DA COSTA GOMES
Biblioteca Depositaria: UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA
Palavras - chave:
TRABALHO, GÊNERO, EDUCAÇÃO DA MULHER, E.J.A., ENSINO MÉDIO.
Área(s) do conhecimento: EDUCAÇÃO DE ADULTOS E EDUCAÇÃO EM PERIFERIAS URBANAS
Banca examinadora:
ANA ALICE ALCÂNTARA COSTA
CANDIDO ALBERTO DA COSTA GOMES
JACIRA DA SILVA CÂMARA
Dependência administrativa
Particular
Resumo tese/dissertação:
O presente trabalho realiza um estudo sobre as trajetórias escolares e ocupacionais e relações de gênero de mulheres trabalhadoras da cidade de Alagoinhas - BA, com foco nas práticas de Educação de Jovens e Adultos (elevação de escolaridade integrada à qualificação profissional), no âmbito do Programa Integrar da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores - CNM/CUT. Nesse sentido, analisa a partir das relações de gênero, os fatores objetivos (características e condições de vida e trabalho) e subjetivos (motivações, interesses e perspectivas) que influenciaram o acesso e permanência destas mulheres das camadas populares nos cursos de Educação de Jovens e Adultos, bem como as suas aspirações à continuidade dos estudos, além de tentar compreender como a escolarização tem contribuído para a vida destas mulheres. Como base conceitual para a análise, escolheu-se a categoria Gênero, enquanto categoria histórica e relacional, sempre dialogando com as categorias Trabalho e Educação. O material da pesquisa foi coletado principalmente por meio de entrevistas com as educandas matriculadas no curso de Ensino Fundamental e, além disso, foram analisados documentos, como diários de classe e fichas de matrícula. Conclui-se a partir dos resultados da pesquisa que o aumento da escolaridade é um pré-requisito fundamental para o empoderamento das mulheres em todas as esferas sociais. Portanto, se faz necessário garantir a oportunidade de uma educação de qualidade tanto para as meninas e meninos, quanto para as mulheres e homens, cumprindo, assim, o princípio constitucional que lhes assegura o direito à educação. Além da educação, o trabalho é a via fundamental para a superação da condição de pobreza em que vivem essas trabalhadoras. Não qualquer trabalho, mas sim um trabalho entendido como uma ocupação produtiva, adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade e segurança de modo a garantir dignidade para as mulheres.